2006-03-28 14:26:12

UE-Mediterrâneo: relação com o mundo islâmico maior desafio da Europa


As relações da União Europeia com o mundo muçulmano serão "o desafio mais importante da Europa nos próximos anos", afirmou o presidente do Parlamento Europeu (PE), Josep Borrell, perante parlamentares europeus e de países do Mediterrâneo.
A crise desencadeada pelas caricaturas de Maomé e o conflito no Médio Oriente estiveram no centro das intervenções na sessão plenária da Assembleia Parlamentar Euro-Mediterrânica (APEM) em Bruxelas.
Borrel fez um balanço positivo dos anos que decorreram desde a reunião de Atenas onde se constituiu a Assembleia Parlamentar Euro- Mediterrânica que reúne parlamentares da UE e dos dez membros mediterrânicos do Processo de Barcelona - Argélia, Egipto, Jordânia, Israel, Líbano, Marrocos, Autoridade Nacional Palestiniana, Síria, Tunísia e Turquia.
No entanto, embora se tenha conseguido uma "região mediterrânica extremamente dinâmica", a verdade é que se assistiu ao "exacerbamento do conflito no Médio Oriente e a um aumento geral das tensões e da incompreensão mútua", disse o presidente do PE.
Salientando que"se deteriorou o clima político no Mediterrâneo", o presidente do PE sublinhou a necessidade "urgente de sair desta espiral de confronto", dando conteúdo à Aliança de Civilizações lançada por Espanha e Turquia sob a égide das Nações Unidas.
Para a comissária europeia dos Negócios Estrangeiros, Benita Ferrero-Waldner, a APEM tem um papel fundamental para resolver o choque de civilizações, que apelidou como um "choque de ignorâncias".
Na sua opinião, "não se pode negar o ressentimento, a cólera e a frustração imperantes no mundo muçulmano", cujo elemento primordial é a "incapacidade de resolver o conflito entre israelitas e palestinianos".
Estiveram ausentes da sessão os deputados israelitas, devido às eleições legislativas que se realizam nesta terça-feira em Israel.








All the contents on this site are copyrighted ©.