Exposição no Vaticano mostra 500 anos da Guarda Suiça
Uma exposição comemorativa dos 500 anos da Guarda Suíça foi inaugurada esta terça
feira no Vaticano, reunindo pela primeira vez dezenas de quadros, desenhos, manuscritos,
miniaturas, gravuras, vestes, medalhas e moedas.
A mostra apresenta ainda ao
grande público uma colecção de armas, como o sabre de Júlio II, e objectos pouco vulgares,
como uma peça que ornava o obelisco do Vaticano, danificada com impactos de bestas
- porque servia ocasionalmente para treinar o tiro ao alvo.
As cerimónias deste
quinto centenário iniciaram-se a 22 de Janeiro, numa praça de São Pedro tingida de
vermelho, amarelo e azul, cores do típico fato dos guardas, desenhado por Michelangelo.
Nesse mesmo dia, em 1506, o Papa Júlio II acolheu e abençoou o primeiro contingente
de Guardas Suíços, que chegaram a Roma para garantir a sua defesa e proteger o Palácio
Apostólico.
No dia 7 de Abril, um grupo de veteranos partirá da Suíça para
“uma marcha para Roma” de quatro semanas sobre os caminhos empreendidos pelos seus
antepassados, e a 6 de Maio, na tradicional cerimónia de juramento dos recrutas, Bento
XVI presidirá a Missa pela sua guarda pessoal.
A Guarda Suíça Pontifícia é
uma companhia de voluntários, recrutados em todas as partes da Suíça, organizados
militarmente, para a custódia da pessoa do Papa e da sua residência. Outras tarefas
são também a vigilância dos ingressos na Cidade do Vaticano, assim como serviços de
segurança e de honra durante as funções religiosas e diplomáticas do Santo Padre.
Uma representação da Guarda Suíça acompanha o Papa nas suas viagens ao exterior.
Actualmente,
a Guarda Suíça é constituída por cem soldados e um capelão. São recrutados na Suíça,
têm que ter entre 19 e 30 anos de idade e fé católica. Também têm que ter, pelo menos,
1,74 metros de estatura, ser solteiros, ter cumprido instrução básica com o exército
suíço e ter uma “reputação intocável”.