O Patriarca caldeu de Bagdad, Emmanuel III Delly, propôs dois dias de jejum e oração
pela paz no Iraque, que vão ter lugar a 3 e 4 de Abril. O apelo do Patriarca foi lido
Domingo por D. Shlemon Warduni, bispo auxiliar, em visita à cidade italiana de Gallipoli.
“Afastamo-nos
de Deus com as nossas atitudes e afastamo-nos da piedade e da virtude, do perdão,
e por isso se derramou o sangue de tantos irmãos e tantas crianças ficaram órfãs”,
escreve o Patriarca na mensagem, que foi reproduzida pela agência Sir.
Por
este motivo, segundo o representante cristão, “temos de voltar à casa de Deus para
fazer a vontade de Deus soberano, arrependidos, e para alcançar este sublime objectivo
convidamos à oração e ao jejum”. O convite é dirigido a todos os iraquianos, dentro
e fora do Iraque, e todos os crentes e os homens de boa vontade, “para que o Senhor
restitua a paz, a tranquilidade e a segurança no Iraque, país do amado Abraão”.
Os
cristãos no Iraque são uma minoria, cerca de 3% dos 26 milhões de habitantes, mas
representam uma das comunidades mais antigas e respeitadas do Cristianismo. A importância
histórica e sentimental destas comunidades que ainda hoje celebram em aramaico, a
língua de Jesus, nunca foi menosprezada.
A Igreja Patriarcal Católica Caldeia
está no mesmo local onde, segundo a Bíblia, nasceu Abraão. É uma Igreja autónoma,
em comunhão com Roma, possuidora de ritos litúrgicos próprios: tem cerca de um milhão
de fiéis em todo o mundo e perto de metade desses fiéis encontra-se no Iraque, onde
está a sede do Patriarcado dos caldeus.