2006-03-24 15:45:11

Diálogo entre a IGreja Católica e o Islão debatido pelos cardeais no Vaticano, num encontro com o Papa


O diálogo entre a Igreja Católica e o Islão foi um dos temas em destaque esta quinta feira no encontro dos Cardeais com Bento XVI, no Vaticano. No final da reunião, o cardeal português D. José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, disse aos jornalistas que o diálogo com o Islão é “uma obrigação para a Igreja Católica”.

Este momento de reflexão decorreu à porta fechada e a Santa Sé limitou-se a informar que o tema foi desenvolvido pelo Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado, apresentando “a posição da Igreja Católica, e da Santa Sé em particular, perante o Islão, hoje”.

Numa entrevista recente a um diário italiano, o Cardeal Sodano, sublinhara que “a força do Islão é a debilidade dos cristãos”, citando um bispo austríaco.

O Cardeal Jean-Pierre Ricard, disse em declarações à agência I.Media que, durante este encontro, se falou “dos direitos humanos nos países muçulmanos, da situação dos cristãos nestes países e das facetas inquietantes do Islão”. Todavia, adiantou, alguns Cardeais questionaram “quão próximo se pode estar dos muçulmanos na defesa dos valores humanos”.

O Cardeal Edward M. Egan, de Nova Iorque, considerou o debate como “muito útil”, por ter sido possível ouvir testemunhos de todas as partes do mundo.

O presidente do Conselho Pontifício para a promoção da unidade dos Cristãos, Cardeal Walter Kasper, revelara antes do encontro a sua intenção de falar sobre os progressos ecuménicos e do “difícil, mas necessário, diálogo com o Islão”.

A posição do Papa e da diplomacia do Vaticano, ao longo das semanas mais recentes, tem sido a de insistir na ideia de “reciprocidade”: assim como os muçulmanos são livres de professar e viver a sua fé em países de maioria cristã, devem os cristãos poder fazer o mesmo em países de maioria islâmica.









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