2006-03-18 19:53:24

AS IDEOLOGIAS E O LUCRO NÃO DEVEM CONDICIONAR VOCAÇÃO DA MÍDIA À PROMOÇÃO HUMANA


Cidade do Vaticano, 17 mar (RV) - Os meios de comunicação e as indústrias que produzem entretenimento, devem fazê-lo a serviço do crescimento do homem, e em vista do bem e da verdade, a partir das crianças. Foi a indicação precisa do Papa, no discurso que proferiu aos membros do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, reunidos nestes dias, em assembléia plenária.

O Papa reiterou com veemência que, nem ideologias nem lucro, devem condicionar programas ou informações.

É preciso "coragem" e "determinação" para pedir à "potente" fábrica da comunicação moderna que proponha modelos positivos de vida, amor e dignidade humana, quer no setor da informação, quer no setor multiforme do espetáculo e do entretenimento.

Quarenta anos atrás, recordou o Papa, um dos primeiros documentos do Concílio Vaticano II, o "Intermirifica", dedicado aos meios de comunicação, reconheceu "o enorme poder da mídia" na formação e na informação das mentes humanas e na modelação de seu próprio modo de pensar.

Hoje _ observou o Pontífice _ a "necessidade urgente" é a de explorar "esse poder em favor de toda a humanidade". O desafio _ afirmou Bento XVI _ consiste em "encorajar as comunicações sociais e as indústrias do entretenimento a serem protagonistas da verdade e promotores da paz". Paz que nasce "das vidas que viveram em conformidade com a verdade que liberta".

"Tal compromisso requer principalmente coragem e decisão _ da parte daqueles que possuem e trabalham dentro da enorme e influente indústria dos meios de comunicação _ de assegurar-se que a promoção do bem comum jamais seja sacrificada por uma busca de lucro pessoal ou por motivações ideológicas, que demonstrem escassa responsabilidade pública."

Reportando-se à sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, Bento XVI disse que os mass media devem ter como base de sua ética produtiva, o apoio ao matrimônio e à vida familiar, "fundamento de toda cultura e sociedade".

"Em colaboração com os genitores, a informação e o entretenimento podem ajudar na difícil vocação de criar os filhos, apresentando-lhes modelos edificadores de vida humana e de amor."

"Como é desencorajador e destrutivo para nós, quando acontece o contrário" _ exclamou o Papa. "Quando os nossos jovens _ prosseguiu _ são submetidos a degradantes ou falsas expressões de amor, que ridicularizam a dignidade da pessoa humana e afetam os interesses da família."

Esforcem-se _ concluiu o Pontífice _ "para ajudar aqueles que trabalham no mundo dos mass media, a promover aquilo que é bom e verdadeiro, particularmente, aquilo que diz respeito ao sentido da existência humana e social, e a denunciar aquilo que é falso, especialmente as perigosas tendências que consumam o tecido de uma sociedade civil digna da pessoa humana". (RL)







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