2006-03-09 18:02:15

IGREJA CATÓLICA NOS EUA NÃO ACEITA LEI DE IMIGRAÇÃO


Washington, 09 mar (RV) - A eventualidade da aprovação, por parte do Congresso dos EUA, de uma nova e restritiva legislação em matéria de imigração, está levando os líderes religiosos do país a defender a desobediência civil, como na época dos anos 80, quando o chamado "Movimento santuário" deu amparo a milhares de refugiados centro-americanos.

Vários grupos saíram ontem, pelas ruas de Washington, no seu primeiro e grande protesto contra essa lei. Os manifestantes _ convocados pela Coligação Nacional da Imigração _ exigem uma reforma migratória integral, para que o governo dos EUA deixe de tratar os imigrantes como "criminosos".

O projeto de lei, do republicano James Sensenbrenner, trata os imigrantes clandestinos como criminosos. Mas não só eles: Sensenbrener pretende punir também todo indivíduo ou grupo que oferecer ajuda aos imigrantes que entraram clandestinamente no país.

A medida, que também autoriza a construção de um muro de alta segurança na fronteira sul, com o México, foi aprovada pela Câmara de Representantes em dezembro de 2005, mas ainda precisa ser ratificada pelo Senado.

A Igreja Católica, os sindicatos e grupos empresariais uniram forças contra o projeto de lei "Sensenbrenner", considerado como um dos mais rigorosos no Congresso, nos últimos 70 anos. Além disso, dois cardeais _ Roger Michael Mahony, Arcebispo de Los Angeles, e Theodore Edgar McCarrick, Arcebispo de Washington _ já revelaram sua decisão de contestar a lei.

"Estamos instruindo os párocos, para que continuem a ajudar as pessoas que estão em situação ilegal" _ explicou o Cardeal McCarrick. Por sua vez, o Cardeal Mahony afirmou que "o conceito de castigar as pessoas que ajudam esses imigrantes é antiamericano".

Estima-se que vivam hoje, nos EUA, cerca de 11 milhões de imigrantes clandestinos. (CM)







All the contents on this site are copyrighted ©.