2006-03-09 16:55:00

Generosidade das dioceses portuguesas gera Maternidade em Timor Leste


Em 2002 a renúncia quaresmal da maior parte das dioceses portuguesas foi destinada ao projecto de construção de maternidades-escola em Timor Leste, resultado de uma iniciativa da Igreja Católica, lançada no ano do Grande Jubileu em 2000, e que teve uma atenção especial por parte de D. José Policarpo, enquanto Patriarca de Lisboa.

Com vista a dotar a população timorense de uma instituição de saúde, materno infantil, o projecto foi lançado a partir de uma ideia que tinha em vista ser um gesto de "exaltação à vida", depois da chacina que ocorreu naquele país, por altura do referendo em que os timorenses decidiram a independência.
As obras começaram em Agosto de 2005, depois de ter sido assinado, um mês antes, o contrato de adjudicação para a construção da maternidade-escola em Díli.

No entanto, e apenas como gesto simbólico, no início do mês de Fevereiro foi feito, em Fatu-meta, o lançamento da primeira pedra desta obra, que está a cargo da Fundação "Mater Timor", criada propositadamente com intuito de concretizar este projecto. São fundadores, o Patriarcado de Lisboa, a Conferência Episcopal Portuguesa, as dioceses de Díli e Baucau, o Santuário de Fátima, a Associação de Médicos Católicos Portugueses, a Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos e a Rádio Renascença.

Esta obra, que é resultado da recolha realizada nas dioceses portuguesas durante a Quaresma, contou ainda com o contributo "da população açoreana, entregue pelo Pe. Vítor Melicias, que esteve como responsável da missão portuguesa em Timor", e foi também "apoiada pelo Papa João Paulo II que fez um donativo especial".

A condução desta maternidade vai estar a cargo de uma congregação de Carmelitas activas, sediada em Díli, que neste momento têm em Lisboa duas irmãs enfermeiras a realizar um estágio de preparação, na área de saúde materno infantil.

As duas maternidades previstas, estão concebidas para terem enfermarias, bloco operatório e camas para grávidas e também uma residência para aquelas mulheres que tenham de vir dos campos para a cidade, no caso de alguma gravidez de risco.

Em Timor Leste os índices de mortalidade materna e infantil são os mais elevados da Ásia, cifrando-se a taxa de mortalidade infantil em 95 por mil e de mortalidade materna, em 800 por 100 mil, segundo dados das Nações Unidas.








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