Incidente na Basilica da Anunciação não teve motivações politicas: excluidas responsabilidades
do governo israelita
O ataque contra a Basílica da Anunciação, o maior templo cristão da Médio Oriente,
gerou uma onda de reacções por parte dos líderes cristãos na Terra Santa, que excluem
qualquer tipo de responsabilidade do governo Israelita no acontecido.
Três
israelitas, Haim Eliahu Habibi, judeu de 43 anos, a sua mulher Violeta, cristã de
40 anos, e a sua filha Odetta, de 20 anos, lançaram sexta-feira à noite três petardos
e pequenas botijas de gás na Basílica durante uma celebração, provocando pânico entre
os fiéis, alguns dos quais tiveram de receber assistência médica. O ataque causou
grande confusão no interior da Basílica e reacções indignadas das pessoas no exterior.
O
Custódio da Terra Santa, Fr. Pierbattista Pizzaballa, apressou-se a publicar uma declaração
em que afirmava “ter sido informado pela polícia de que não havia nenhuma prova deste
ataque ter sido provocado por sentimentos anti-cristãos”.
Em Nazaré, os líderes
da Igreja Católico promoveram uma marcha pacífica para protestar contra o incidente,
que atingiu num lugar particularmente simbólico, onde, segundo a Bíblia, a Virgem
Maria recebeu do Arcanjo Gabriel o anúncio do nascimento de Jesus.
Fr. Pizzaballa
e as outras autoridades católicas na Terra Santa têm convidado à calma, manifestando
o seu apreço pela reacção do primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, que
manifestou à Igreja a sua solidariedade, prometendo agir contra qualquer ataque que
vise os Lugares Santos.