2006-03-02 11:46:34

Vaticano pede novos mecanismos legais e pastorais para a defesa do embrião humano


Especialistas de todo o mundo estiveram reunidos no Vaticano para debater questões relacionadas com o estatuto do embrião no Congresso Internacional “O embrião humano na fase pré-implantatória. Aspectos científicos e considerações bioéticas”. A iniciativa desenrolou-se de 27 a 28 de Fevereiro, englobada na da XII Assembleia Plenária da Academia Pontifícia para a Vida (APV).

Durante os trabalhos, foram vários os apelos em favor da defesa do embrião humano, em qualquer fase do seu desenvolvimento

Os trabalhos do Congresso centraram-se no dever de “proteger por lei o embrião, na sua fase pré-implantatória”, propondo que, também na Igreja, esta realidade motive novas respostas, como “a criação, em cada diocese, de uma estrutura estratégica, especializada na defesa da vida e distinta do cuidado pastoral pela família, reunindo especialistas com convicções profundas sobre a humanidade e a personalidade do embrião”.

O objectivo seria difundir “uma resistência activa ao genocídio programado do embrião na fase anterior à implantação, antecâmara da clonagem humana”. Nesse sentido, a APV sente a necessidade de “impor a todos os que têm uma função de ensino ou uma responsabilidade pastoral na Igreja, a nível paroquial, o dever de exprimir-se sistematicamente, antes de cada consulta eleitoral, e pelo menos uma vez por ano” sobre o tema da vida.

O presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde, Cardeal Javier Lozano Barragán, deu início ao Congresso Internacional, defendendo que “o tratamento dos embriões para fins científicos é uma outra forma de supressão da vida”.

Para este responsável da Cúria Romana, é fundamental que o embrião não seja tratado como mero “material para experiências” ou como objecto de “manipulações”, no âmbito da engenharia genética, evitando proceder “sem nenhum respeito pela vida enquanto tal”.

O Pe. Jean Laffitte, vice-presidente da APV, defendeu, por seu lado, uma profunda reflexão sobre a natureza do embrião para “lhe oferecer um estatuto jurídico”. “Não podemos dispor da vida humana como dispomos de uma matéria química ou biológica”, precisou.

Entre os temas em debate, destacou-se a questão do diagnóstico pré-implantatório, tendo resultado, da reflexão, um alerta para o facto deste diagnóstico “não ser feito para curar, mas para eliminar os embriões doentes”.








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