BENTO XVI EXORTA A UM CAMINHO QUARESMAL FEITO DE GESTOS CONCRETOS COM O PRÓXIMO
Cidade do Vaticano, 02 mar (RV) - Quaresma, tempo para "retornar para Deus,
com ânimo sinceramente arrependido, para obter a Sua misericórdia". Foi o que disse
o Papa, ontem à tarde, na Basílica de Santa Sabina, onde ele presidiu à santa missa,
com o rito da bênção e imposição das cinzas.
Pouco antes, tiveram lugar a oração,
na Basílica de Santo Anselmo, e a procissão penitencial. Bento XVI ressaltou que os
cristãos são apóstolos de paz contra toda e qualquer forma de egoísmo e de ódio.
Na
Basílica de Santo Anselmo, repleta de fiéis, Bento XVI ressaltou a beleza da peregrinação
no tempo da Quaresma junto às "memórias" dos mártires, fundamento da Igreja de Roma.
Justamente
nestas basílicas _ disse o Pontífice _ "recordamos aqueles que, com seu sangue, deram
testemunho de Cristo; e sua evocação se torna estímulo para todo cristão, a renovar
a própria adesão ao Evangelho".
A Quaresma _ ressaltou o Papa _ "nos recorda
que a existência cristã é um combate sem cessar, no qual são utilizadas as "armas"
da oração, do jejum e da penitência". "Lutar contra o mal, contra toda forma de egoísmo
e de ódio, e morrer para si mesmo, para viver em Deus é o itinerário ascético que
todo discípulo de Jesus é chamado a percorrer, com humildade e paciência, com generosidade
e perseverança."
A seguir, o Papa reiterou que os cristãos são "testemunhas
e apóstolos de paz", que respondem "à violência que ameaça a paz no mundo" não com
a vingança, o ódio e nem mesmo se refugiando num falso espiritualismo.
"A resposta
que quem segue Cristo é, sobretudo, a de percorrer a estrada escolhida por Aquele
que, diante dos males de seu tempo e de todos os tempos _ sublinhou o Santo Padre
_ abraçou decididamente a Cruz, seguindo o caminho mais longo, mas eficaz do amor.
Em suas pegadas e unidos a Ele, devemos todos empenhar-nos em opor-nos ao mal com
o bem, à mentira com a verdade, ao ódio com o amor." (RL)