PAPA: NENHUMA VIAGEM À CORÉIA DO NORTE ENQUANTO NÃO HOUVER LIBERDADE PARA O CLERO
Cidade do Vaticano, 27 fev (RV) - Bento XVI não visitará a Coréia do Norte
enquanto o governo comunista não permitir a residência de um sacerdote católico no
país. Foi o que afirmou o novo Cardeal sul-coreano, Nicolas Cheong Jin-suk, Arcebispo
de Seul, freando o entusiasmo de alguns grupos humanitários da Coréia do Sul, que
pedem que o Papa seja portador de uma mensagem de unificação dos dois países, durante
uma sua visita.
"Não podemos discutir a possibilidade de o Papa visitar a Coréia
do Norte enquanto um padre católico não puder residir ali. Esta é a primeira condição
para que tal visita aconteça" _ disse o Arcebispo de Seul.
"Por parte da Santa
Sé, mas também no que me diz respeito _ recordou o neo-cardeal, que receberá o chapéu
cardinalício no consistório anunciado pelo Papa para o próximo 24 de março _ foram
enviadas, durante vários anos, à Coréia do Norte, solicitação de aprovação para a
presença de sacerdotes no país. Sempre nos responderam que "não era ainda o momento
oportuno"."
Alguns grupos de defesa dos direitos humanos sul-coreanos solicitaram
que o Papa visitasse a Coréia do Norte, para poder, dali, lançar uma mensagem em favor
da unificação das duas Coréias, divididas há quase 60 anos.
Dom Cheong Jun-suk,
que é também Administrador Apostólico da Diocese sul-coreana de Pyongyang, está muito
interessado em reconstruir a Igreja na Coréia do Norte, e coordenou os esforços humanitários
em favor do Norte, que tem sofrido forte escassez alimentar. Nos últimos anos os católicos
sul-coreanos enviaram aos irmãos do norte mais de 10 milhões de dólares. "Continuaremos
a apoiar o Norte _ acrescentou o neo-cardeal _ com ações solidárias." ( MZ)