"Não há tempo nem lugar onde seja supérfluo o amor, modelado no do nosso Mestre, Cristo": recordou Bento XVI aos estudantes de Teologia da Igreja Ortodoxa da Grécia, vindos a Roma em visita de estudo.

“A meta da unidade entre os discípulos de Cristo, por muito que nos apareça como não - imediata, não nos impede de viver desde já, entre nós, na caridade. Não há tempo nem lugar onde seja supérfluo o amor, modelado no do nosso Mestre, Cristo. E esse amor não poderá deixar de abreviar a via para a plena comunhão”. Palavras de Bento XVI, recebendo, nesta segunda-feira, no Vaticano, um grupo de estudantes de teologia, gregos, da Igreja ortodoxa, vindos a Roma em visita de estudo ao abrigo de um plano de cooperação entre a Igreja de Roma e a Igreja Ortodoxa da Grécia.

Não obstante o perdurar das divisões entre os cristãos do Oriente e do Ocidente (observou o Papa), contudo “nos últimos quarenta anos muitos sinais consoladores e cheios de esperança nos têm permitido entrever uma nova aurora, a aurora do dia em que compreenderemos completamente que estarmos radicados e alicerçados na caridade de Cristo significa encontrar concretamente uma via para superar as nossas divisões, através da conversão pessoal e comunitária, o exercício da escuta do outro e a oração em comum pela nossa unidade”.

Referindo com satisfação “a recente evolução positiva” das relações a Igreja de Roma e a Igreja ortodoxa da Grécia”, depois do encontro, no Areópago de Atenas, entre o Papa João Paulo II e sua Beatitude Christodoulos, arcebispo de Atenas e de toda a Grécia, Bento XVI exprimiu a sua “convicção (citamos) de que a caridade recíproca saberá alimentar a nossa inventiva e nos fará percorrer novos caminhos”. E isso por múltiplas razões: para “enfrentar os desafios que ameaçam a fé, cultivar o húmus espiritual que nutriu ao longo de séculos a Europa, reafirmar os valores cristãos, promover a paz e o encontro mesmo nas condições mais difíceis, aprofundar aqueles elementos da fé e da vida eclesial que nos podem conduzir à meta da plena comunhão na verdade e na caridade”.