Vaticano pede respeito pela liberdade religiosa nos paises muçulmanos
O Vaticano espera que os dirigentes europeus coloquem a defesa da liberdade religiosa
na agenda das suas negociações ou visitas a países muçulmanos.
Insistindo numa
ideia defendida, nos últimos dias, pelo Papa e por vários membros da Cúria Romana,
o Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado, disse que é preciso promover a “reciprocidade”
em matéria de liberdade de religião, para que, em todas as sociedades, seja realmente
assegurado a cada um o exercício dessa liberdade.
Recebendo os representantes
diplomáticos da Itália, junto da Santa Sé, por ocasião da reforma dos Tratados de
Latrão, o Cardeal Sodano lembrou ainda que “a liberdade de ofensa não existe”, em
alusão à recente polémica resultante da publicação das caricaturas do profeta Maomé.
O
presidente da República da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, e o primeiro-ministro italiano,
Silvio Berlusconi, também participaram nesta reunião.
Perante estes responsáveis,
o Secretário de Estado do Vaticano vincou que “defender o conceito jurídico de reciprocidade
é o contributo que a Itália e a Europa podem dar às relações entre os Estados, as
culturas e as outras religiões”.