SERVIDORES DA VERDADE ENTRE ANÚNCIO E CARIDADE CONCRETA: ENCONTRO DO PAPA COM DIÁCONOS
PERMANENTES DA DIOCESE DE ROMA
Cidade do Vaticano, 18 fev (RV) - Testemunhas com a palavra e as obras da verdade
cristã, capazes de uma solidariedade, pronta a intervir para sanar as pobrezas sociais
e espirituais de seus irmãos. Foi a incumbência deixada por Bento XVI aos diáconos
permanentes da Diocese de Roma, recebidos em audiência esta manhã.
Os diáconos
estavam acompanhados pelo Cardeal Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Camillo
Ruini, e pelo Bispo Vincenzo Apicella, representando o Centro Diocesano de Diaconato
Permanente.
Uma vocação de "servos" segundo o modelo do Servo por excelência
_ Cristo. E, portanto, servidores da verdade trazida por Cristo no Evangelho. Servidores
dos indigentes, porque a fé sem as obras "é morta em si mesma". Servidores dos novos
pobres: aqueles para os quais o sentido da existência se tornou obscuro. Nesse contexto,
Bento XVI vê realizar-se o papel eclesial e social dos diáconos permanentes.
O
lema de Cristo _ "Vim para servir e não para ser servido" _ é o lema dos diáconos,
assim como o lava-pés é o máximo exemplo da "diaconia", no qual Jesus realiza pessoalmente
uma tarefa de escravo.
"A união com Cristo, que deve ser cultivada através
da oração, a vida sacramental e, em particular, a adoração eucarística, é de máxima
importância para a ministério de vocês a fim de que ele possa realmente testemunhar
o amor de Deus. De fato, como escrevi na encíclica Deus caritas est, o amor pode ser
preceituado por Deus porque por primeiro esse amor foi dado. Caros diáconos _ disse
ainda o Pontífice _ acolham com alegria e gratidão o amor que o Senhor tem por vocês
e que dispensa na vida de vocês, e com generosidade doem aos homens aquilo que receberam
gratuitamente."
Os destinatários de tal dedicação, indicou o Papa, são certamente
os pobres da cidade, para os quais, acrescentou, a Igreja de Roma "tem uma longa tradição"
de serviço. Mas também são outras as misérias a serem assistidas.
Bento XVI
colocou em primeiro plano a "pobreza espiritual e cultural" de quem "perdeu o sentido
da vida", ou daqueles jovens que "precisam encontrar homens que saibam escutá-los
e aconselhá-los nas dificuldades" da existência. (RL)