2006-02-17 18:59:57

CARDEAL RENATO MARTINO APRESENTA EM CUBA O COMPÊNDIO DA DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA CATÓLICA


Havana, 17 fev (RV) - O Cardeal Renato Raffaele Martino, Presidente do Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz", apresentou ontem, quinta-feira, em Havana, Cuba, o Compêndio da Doutrina Social da Igreja.

A visita do purpurado tem lugar num momento em que estão em curso, na capital cubana, as celebrações pelo 20º aniversário do Encontro Nacional Eclesial cubano. Para a ocasião, o Papa enviou uma mensagem reiterando o convite de João Paulo II, para que "Cuba se abra ao mundo e o mundo se abra a Cuba".

O Compêndio não somente constitui uma completa e orgânica síntese do ensino social da Igreja, mas é também um instrumento formidável de abertura e de diálogo com os fiéis de outros credos religiosos e com todos os homens de boa vontade, para a realização do bem comum, em campo social e político. O texto é baseado nos valores fundamentais de humanidade, do respeito pela dignidade de toda pessoa, e da comum aspiração ao desenvolvimento, da reconciliação e da paz.

Foi exatamente o que ressaltou o Cardeal Martino, na concelebração de abertura do grande Encontro Eclesial cubano, e, sobretudo, na conferência introdutória e na aula magna que se seguiram, na manhã e tarde de ontem, para a apresentação do Compêndio.

Na concelebração de abertura do encontro, o Arcebispo de Havana e Presidente da Conferência Episcopal Cubana, Cardeal Jaime Lucas Ortega y Alamino, leu a mensagem do Papa.

O Presidente do Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz" evidenciou que a Doutrina Social da Igreja leva em consideração o homem em todas as suas concretas necessidades, materiais e espirituais, e se propõe a indicar o sentido profundo da nossa vida comum, da nossa luta pela justiça, do nosso sofrimento por lacerações e pelas dificuldades do estabelecimento da paz.

Em muitos países _ disse Dom Martino _ ainda não se chegou a satisfazer as exigências de justiça relativas aos direitos mais elementares, como a água potável, uma habitação digna, a previdência e a assistência sanitária de base.

Já em outros países _ ressaltou o purpurado _ se reivindica a satisfação de direitos sofisticados chamados de "nova geração", como a discrição ou o livre uso do supérfluo. A solidariedade precede os direitos individuais e os fundamenta, a própria liberdade não é fim em si mesma, mas existe em função do compromisso pelos outros. (RL)







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