AS DEZ NOTÍCIAS MAIS ESQUECIDAS DE 2005, SEGUNDO A "MÉDICOS SEM FRONTEIRAS"
Paris, 15 fev (RV) - A volta do medo à Chechênia, a violência na capital do
Haiti, a emergência humanitária em Katanga (República Democrática do Congo), a AIDS
nos países pobres, a Somália, as vítimas civis dos conflitos do nordeste da Índia,
a insegurança no norte do Uganda, o pós-guerra no Sudão, a violência na Colômbia,
e a nova guerra na Costa do Marfim são os dez temas indicados pela ONG "Médicos sem
Fronteiras" (MSF) como as crises mais esquecidas pela mídia no decorrer de 2005.
No
início de cada ano, essa ONG elabora e publica, a partir de sua experiência, uma lista
de situações que, em seguida, são aprofundadas no número de fevereiro da revista "Encontro",
dos Missionários do Espírito Santo (Espiritanos).
Segundo a publicação missionária,
a carência e a violência extremas enfrentadas por milhões de congoleses na República
Democrática do Congo passam despercebidas para o resto do mundo, uma situação que
é particularmente grave na província de Katanga onde, em novembro, recomeçaram os
combates entre o exército governamental e os rebeldes Mai.
Embora o tema da
AIDS seja alvo de grande cobertura jornalística, afirma a revista "Encontro", quase
nenhuma atenção é dada à quase total falta de pesquisa e desenvolvimento de novos
instrumentos especificamente apropriados para os doentes mais vulneráveis: aqueles
que vivem na pobreza no mundo em desenvolvimento.
Com a publicação desses e
outros dados, a revista "Encontro" quer informar e alertar para a realidade dessas
parcelas da humanidade, evocando a presença da Igreja que, em alguns desses contextos,
muitas vezes constitui o último elo de segurança dessas populações. O Sudão, por exemplo,
é um dos cenários onde a Igreja mais tem sofrido pelas sistemáticas perseguições aos
cristãos, especialmente no sul. (CM)