Concluindo ciclo de catequeses sobre Salmos e cànticos da Liturgia das Horas, Bento
XVI comentou o Magnificat na audiência-geral desta quarta-feira.
Foi com um comentário dedicado ao cântico do Magnificat que Bento XVI deu por concluído,
na audiência geral desta quarta-feira, o ciclo de catequeses dedicadas, nesta circunstância,
aos Salmos e cânticos utilizados pela Igreja na Liturgia das Horas. Um longo itinerário
iniciado cinco anos atrás, precisamente a 28 de Março de 2001, por João Paulo II.
“Este cantico revela em filigrana a espiritualidade dos fiéis da Bíblia, que se
reconheciam ‘pobres’ não somente pelo seu desapego de toda a idolatria da riqueza
e do poder, mais também pela profunda humildade do seu coração, livre da tentação
do orgulho e aberta à irrupção da graça salvador”. Bento XVI observou ainda que
o cântico do Magnificat é constituído de duas partes, cada uma com o seu movimento
próprio. “A primeira parte está marcada pelo louvor, pela acção de graças e pela
alegria que reconhece e celebra a graça divina que fez irrupção no coração e na vida
de Maria, convertendo-a em Mãe do Senhor. Na segunda parte, à voz de Maria associa-se
toda a comunidade dos fiéis que celebra as acções que Deus realizou na história, manifestando
assim o modo como se comporta: Ele está sempre presente da parte dos últimos.” A
alocução do Papa, nesta audiência geral, com a participação de uns uns nove mil peregrinos,
na Aula Paulo VI, foi precedida da execução do cântico do Magnificat pelo coro da
Capela Sistina. Antes, Bento XVI deslocara-se à basílica de São Pedro, onde se tinham
congregado outros oito mil peregrinos: na maioria estudantes italianoas, mas também
um numeroso grupo de participantes numa peregrinação promovida pela família religiosa
dos “Frères de Saint-Jean”, por ocasião do trigésimo aniversário da respectiva fundação.
Nas saudações em italiano, na basílica de São Pedro, o Papa recordou a sua Encíclica
“Deus caritas est”, recentemente publicada. “Nela quis recordar (observou) que é o
amor de Deus a nascente e o motivo da nossa verdadeira alegria”. Bento XVI convidou
cada um dos presentes a “compreender e acolher cada vez mais este Amor que transforma
a vida e nos torna testemunhas credíveis do Evangelho”.