A Igreja, indissolúvelmente unida a Cristo Bom Samaritano,está ao serviço da humanidade
sofredora, salientou Bento XVI no encontro este sábado com os doentes na Basilica
de São Pedro no final da celebração da Missa presidida pelo cardeal Vigario Camillo
Ruini, no Dia Mundial do Doente.
.A Igreja Católica celebra neste sábado, 11 de Fevereiro, o XVI Dia Mundial do Doente,
este ano dedicado à emergência social e no campo da saúde que constitui o drama de
milhões de pessoas com doenças mentais. Esta tarde, na Basílica de São Pedro,
o Vigário do Papa para a diocese de Roma Cardeal Camillo Ruini presidiu uma celebração
eucarística para os doentes. No final Bento XVI desceu dos seus aposentos á Basílica
para lhes dar a sua bênção depois de lhes ter dirigido uma saudação. Nesta ocasião
o Papa fez referência á cidade australiana de Adelaide onde neste sábado teve lugar
a celebração conclusiva do dia mundial do doente, presidida pelo enviado papal o cardeal
Javier Lozano Barragán, Presidente do Conselho Pontifício para a pastoral da saúde.
Saúde mental e dignidade humana foi o tema das celebrações em Adelaide, aprofundando
juntamente aspectos científicos, éticos e pastorais – recordou a este propósito o
Papa que salientou como Jesus se colocasse perante o homem para o curar completamente
no corpo, na psique e no espírito. De facto a pessoa humana é um todo, e as várias
dimensões – disse Bento XVI – podem e devem distinguir-se, mas não separar. Desta
maneira também a Igreja se propõe sempre considerar as pessoas como tais, e esta concepção
qualifica as instituições sanitárias católicas, bem como o estilo dos agentes sanitários
que nelas operam. O Papa quis dirigir depois um pensamento especial ás famílias
que tem no seu seio uma pessoa doente mental e vivem a fadiga e os vários problemas
que esta situação comporta. Sentimo-nos próximos de todas estas situações - disse
Bento XVI – com a oração e com as inumeráveis iniciativas que a Comunidades eclesial
toma em todas as partes do mundo, especialmente lá onde a legislação é carente, onde
as estruturas publicas são insuficientes, e onde calamidades naturais, ou infelizmente,
guerras e conflitos armados produzem graves traumas psíquicos nas pessoas. São
formas de pobreza - salientou o Papa a concluir – que atiram a caridade de Cristo,
Bom Samaritano, e da Igreja indissoluvelmente unida a Ele ao serviço da humanidade
sofredora. A todos os médicos, enfermeiros e voluntários empenhados neste campo,
Bento XVI quis hoje “entregar simbolicamente a Encíclica «Deus Caritas Est», com o
desejo de que o amor de Deus esteja sempre vivo nos seus corações de modo a animar
o seus trabalhos, projectos, iniciativas e sobretudo as suas relações com os doentes”,
frisou o Papa.