NA TURQUIA, SACERDOTE ESLOVENO É AGREDIDO E AMEAÇADO DE MORTE POR UM GRUPO DE JOVENS
Istambul, 10 fev (RV) - No mesmo dia em que a Santa Sé confirmou a viagem de
Bento XVI à Turquia, de 28 a 30 de novembro próximo, e que, em Roma, se dá o último
adeus a P. Andrea Santoro, assassinado naquele país, no último domingo, outro sacerdote
católico foi agredido, ontem, na Turquia: P. Martin Kmetek, de nacionalidade eslovena.
P.
Kmetek foi ameaçado de morte por um grupo de jovens autodenominado "Lobos cinzentos",
que gritavam "Alah al akbar" (Alá é grande). Eram sete ou oito jovens, de aproximadamente
20 anos de idade. A notícia foi dada por telefone à agência de notícias italiana,
ANSA, pelo cônsul italiano em Esmirna, Michele Tommasi, que pôde falar com o padre
ameaçado.
A agressão ocorreu na tarde de ontem, diante da Igreja de Santa Helena,
em Esmirna. O sacerdote _ segundo relatou ele mesmo _ ouviu que batiam com violência
à porta da igreja. Quando ele abriu, viu-se diante desses jovens e perguntou o que
queriam. Os desconhecidos lhe disseram que eram os "Lobos cinzentos", e agarrando-o
pelo pescoço, gritaram: "Você está morto, você acabou. Chegou o seu fim. Acabaremos
com todos vocês. Alah al akbar."
"Consegui me livrar deles e com dificuldade
e pude fechar a porta da igreja. Mas eles continuaram a esmurrar a porta, até que,
depois, foram embora" _ disse P. Kmetek ao cônsul italiano.
O cônsul italiano
pediu às autoridades locais que protejam os cidadãos italianos que vivem em Esmirna
(ao todo um total de 850) entre religiosos e leigos. Durante um colóquio entre o cônsul
italiano e o chefe da polícia de Esmirna, este lhe garantiu que a vigilância nos lugares
de culto será redobrada.
Referindo-se ao episódio de Trebisonda, onde domingo
passado foi assassinado P. Andrea Santoro, o chefe da polícia disse ao cônsul que
aquele fato fora premeditado, mas a agressão "de hoje" é um episódio casual e isolado.
(MZ)