2006-02-06 13:21:28

Promover a reconciliação e a paz, entre as tarefas recordadas pelo Papa aos Bispos da República Democrática do Congo.


Foi com um apelo a serem “profetas da justiça e da paz” que Bento XVI se dirigiu, nesta segunda de manhã, a mais um grupo de bispos da República Democrática do Congo, recebidos conjuntamente no Vaticano, na conclusão da respectiva visita “ad limina Apostolorum”. Bento XVI exprimiu a sua “esperança fundamentada” em ver a reconciliação e a paz triunfar no Congo e em toda a Região dos Grandes Lagos e dirigiu mais um apelo à comunidade internacional para que não esqueça a África.


O Santo Padre começou por recordar aos bispos congoleses que “o compromisso a favor da paz constitui um desafio lançado à missão evangelizadora do bispo”. Conhecendo bem as difíceis condições em que os prelados da República do Congo exercem o seu ministério, o Papa encorajou-os a deixarem-se mobilizar pelo “imperativo da caridade”, de modo a tornarem-se, “pela santidade de vida e pelo dinamismo missionário”, autênticos “profetas da justiça e da paz”.
Ao mesmo tempo (recordou Bento XVI), é importante prosseguirdes na “exigente tarefa de enraizar o Evangelho na cultura do vosso país, respeitando os ricos e autênticos valores africanos, mas também purificando esses valores de tudo o que os poderia tornar incompatíveis com a verdade do Evangelho”.
O Papa fez votos de que “se dê uma nova vitalidade ao Sacramento da penitência” e que padres e fiéis possam “redescobrir na Eucaristia o centro da sua existência”, encontrando aí “um poderoso apelo a tornarem-se construtores de diálogo e de comunhão”.


Não faltou uma referência aos meios de comunicação social, em particular a rádio e a televisão: é “mais do que nunca necessário” recorrer a tais meios – considerou o Papa - “para que a Palavra do Evangelho seja escutada em todos os pontos do país e para que o ensinamento da Igreja possa influenciar em profundidade sobre as consciências, as mentalidades e os costumes”.
Também a evangelização das famílias deve constituir uma prioridade pastoral para os bispos congoleses. Num país em que a instituição familiar se encontra fragilizada em razão das deslocações forçadas de tantas pessoas, da pandemia da sida e também de importantes mutações da sociedade contemporânea, é fundamental – para Bento XVI – “encorajar os católicos a preservar e promover os valores fundamentais da família”, cuja instabilidade corre o “risco de afectar a coesão da própria sociedade”.
Uma referência muito especial reservou-a o Papa às pessoas consagradas, testemunhando o seu apreço e reconhecimento por “todos aqueles e aquelas que, em condições de extrema precariedade, optaram por permanecer junto das populações mais provadas, para lhes assegurar assistência, conforto e apoio espiritual”.
Aos jovens, que dão provas de tanta vitalidade, e que “constituem uma autêntica riqueza para a Igreja e para todo o país”, mas que tão fragilizados se encontram pelas condições de insegurança e precariedade e pelas inquietantes consequências da sida, Bento XVI exortou os bispos a alimentá-los na fé e na esperança com uma sólida formação cristã, manifestando o seu apreço pelo que vêm fazendo para permitir aos “meninos da rua” e aos “meninos-soldado” reconstituir-se humana e espiritualmente.

Foi na conclusão do seu discurso aos Bispos da República Democrática do Congo que o Santo Padre quis exprimir “a esperança fundamentada” com eles partilhada de “ver um dia a reconciliação e a paz triunfar no país e em toda a região dos Grandes Lagos”. “Que todos os que presidem aos destinos da nação actuem de maneira concertada e responsável para que se chegue a uma paz duradoura! Dirijo um apelo à comunidade internacional para que não esqueça a África, prosseguindo com acções corajosas e decididas para consolidar a estabilidade política e económica” da República Democrática do Congo
 
 







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