BISPO DE VISEU: CRISE DE VOCAÇÕES É CRISE DE CULTURA
Lisboa, 1º fev (RV) - A crise de vocações "é uma crise cultural" que se reflete
em vários âmbitos, que vão desde "a crise da vocação ao matrimônio, à vida política,
à vida sindical e até à vida associativa". Foi o que afirmou o Bispo de Viseu, Portugal,
Dom António Augusto dos Santos Marto, numa reflexão aos sacerdotes e agentes da pastoral,
sobre a problemática das vocações.
Dom António afirma que a crise cultural
deriva da "cultura reinante da incerteza e da confusão causadas pelo relativismo e
pelo vazio de ideais, de valores, de referências e de modelos fortes, que desemboca,
por sua vez, na cultura da indecisão".
Ele acrescenta que "os jovens têm temor,
receio e medo de fazer opções e assumir compromissos fortes, exigentes e duradouros".
Essa crise _ destaca ele _ "repercute também na Igreja".
Numa análise sobre
a realidade de sua Diocese, Dom António reconhece que naquelas comunidades cristãs
"reina uma amnésia vocacional", sublinhando que a maior parte dos nossos cristãos
pensa que "a questão das vocações é assunto do bispo e dos padres".
A problemática
vocacional está vinculada à pastoral da comunidade cristã e _ ressalta o Bispo de
Viseu _ "requer uma pedagogia própria", ou seja, linhas pedagógicas voltadas para
a animação vocacional. (MZ)