AUDIÊNCIA GERAL: PAPA RESSALTA QUE DEUS NÃO É INDIFERENTE À HISTÓRIA DOS HOMENS
Cidade do Vaticano, 1º fev (RV) - Deus não permanece indiferente diante da
história humana; nós não estamos à mercê de forças obscuras: foi o que ressaltou o
Santo Padre, na Audiência Geral desta manhã, na Sala Paulo VI, no Vaticano, centralizada
no Salmo 144, que fala do louvor à majestade divina. Bento XVI reiterou que toda a
humanidade é "convocada" a realizar o projeto salvífico de Deus.
"Um alegre
louvor ao Senhor, que é exaltado como um soberano amoroso e carinhoso, preocupado
com todas as suas criaturas": com essas palavras, Bento XVI definiu o Salmo 144. A
simbologia real, o coração desse hino sagrado _ ressaltou _ é central também "na pregação
de Cristo, é a expressão do projeto salvífico de Deus"."
"Deus não é indiferente
em relação à história humana, pelo contrário, tem, perante essa história, o desejo
de realizar um desígnio de harmonia e de paz. Toda a humanidade é convocada a realizar
esse plano, a fim de que possa aderir à vontade salvífica divina, uma vontade que
se estende a todos os "homens", a "todas as gerações" e a "todos os séculos"."
Trata-se
_ acrescentou o Papa _ "de uma ação universal, que arranca o mal do mundo e nele instaura
a glória do Senhor, ou seja, a sua presença pessoal eficaz e transcendente". Esse
Salmo _ explicou _ "proclama a participação de Deus na história humana, para levar
toda a realidade criada a uma plenitude salvífica". Uma mensagem de extraordinária
atualidade.
"Nós não estamos à mercê de forças obscuras, nem nos encontramos
solitários com a nossa liberdade, mas sim, somos confiados à ação do Senhor, potente
e amoroso, que tem, em relação a nós, um desígnio, um "reino" a ser instaurado."
Todavia,
esse "reino" _ precisou o Papa _ "não é feito de potência e de domínio, de triunfo
e de opressão, como muitas vezes acontece com os reinos terrenos, mas é a sede de
uma manifestação de piedade, de ternura, de bondade, de graça, de justiça". O poder
_ advertiu em seguida o Santo Padre _ "é superado pela grandeza da misericórdia de
Deus".
Ao término da catequese, saudando os fiéis poloneses, recordou que amanhã,
quinta-feira, se festeja o Dia da Vida Consagrada. Bento XVI pediu a Deus que ajude
com sua graça "as irmãs e os irmãos que escolheram a castidade, a pobreza e a obediência
como caminho de santidade".
Bento XVI voltou seu último pensamento a dom João
Bosco, de quem ontem, terça-feira, foi celebrada a memória litúrgica. Olhem para ele
_ disse o Pontífice dirigindo-se aos jovens _ como "um autêntico mestre de vida e
de santidade". (RL)