O homem não anda á mercê de forças obscuras: o Senhor, poderoso e amoroso, em relação
á humanidade tem um projecto de paz e de harmonia, salientou Bento XVI durante a
audiência geral.
Nós não andamos á mercê de forças obscuras, sem somos solitários com a nossa liberdade,
mas estamos confiados á acção do Senhor poderoso e amoroso que, em relação á humanidade
tem um desígnio, um reino que deve ser instaurado. Na audiência geral desta quarta
feira Bento XVI comentou o salmo 144 e voltou a falar do projecto salvífico de Deus.
Ele não é indiferente á historia humana, pelo contrário tem em relação a ela o desejo
de actuar no mundo, harmonia e paz. O Papa explicou aos mais de oito mil fieis
presente na Aula Paulo VI que o salmo escolhido para a sua catequese é uma espécie
de oração litânica que proclama a entrada de Deus nas vicissitudes humanas para conduzir
a inteira realidade criada a uma plenitude salvifica. E o reino que Deus, com a sua
potencia deseja realizar -acrescentou Bento XVI- não é feito de domínio , de triunfo
e de opressão como muitas as vezes acontece nos reinos terrenos, mas é a sede de uma
manifestação de piedade, de ternura, de bondade, de graça, de justiça. Ao desígnio
de Deus é chamada a humanidade inteira para que adira á vontade salvifica de Deus.
Uma vontade - sublinhou o papa concluir – que se estende a todos os homens, a todas
as gerações e a todos os séculos. Nas tradicionais saudações que dirige aos
peregrinos, em várias línguas, o Papa pediu que os responsáveis pelo mundo prisional
“respeitem as normas éticas e civis”.
Sobre a Jornada da Vida Consagrada, que
a Igreja celebra amanhã, 2 de Fevereiro, Bento XVI agradeceu “pelas vocações religiosas”,
pedindo orações para que Deus “apoie com a sua graça as irmãs e os irmãos que escolheram
a castidade, a pobreza e a obediência como caminho de santidade”.