2006-01-29 17:22:58

Do Forum económico mundial de Davos vem um apelo a uma acção urgente para melhorar a economia


No encerramento do Fórum Económico Mundial, os líderes económicos e políticos mundiais coincidiram hoje na necessidade urgente de encontrar formas de transformar os princípios discutidos em Davos em acções que ajudem a melhorar a economia global.
Durante cinco dias, perto de 2.400 participantes de 89 nacionalidades debateram formas de empresas, governos e sociedade civil responderem de forma criativa às mudanças trazidas pela globalização.
O aparecimento de potências económicas como a China e a Índia, dispostas a disputar a primazia a qualquer dos países que até agora têm ocupado os primeiros lugares nesse ranking, mas também os seus desequilíbrios financeiros e os problemas relacionados com o respeito pelo ambiente, dominaram os 244 debates realizados.
O crescimento significativo da economia chinesa (quase 10 por cento em 2005) e a sua afirmação como nova locomotiva do crescimento mundial foi um dos temas mais debatidos, com o vice-primeiro-ministro chinês, Zeng Peyan, e o presidente do Banco Central da China, Zhou Xiaochuan, a prometerem incitar a população a consumir mais para alimentar o crescimento interno em vez de inundar os mercados dos países ricos com produtos a baixo preço.
Os riscos de uma crise energética, com receios de que o Irão use o petróleo no confronto com o Ocidente na questão sobre as suas actividades nucleares, nas vésperas da reunião da organização dos países produtores de petróleo, OPEP, agendada para terça-feira, foi outro assunto presente em Davos.
À excepção da chanceler alemã, Ângela Merkel, nenhum alto responsável europeu ou americano compareceu em Davos, tendo os participantes realçado hoje também as ausências dos países latino- americanos, zona do globo que não teve direito a qualquer debate.
Para compensar esta ausência, o presidente e fundador do Fórum Económico Mundial, Klaus Schwab, anunciou a realização de dois dias de debates, a 05 e 06 de Abril na cidade brasileira de S. Paulo, destinados a identificar as prioridades regionais e a encontrar as respostas necessárias para ajudar ao seu desenvolvimento.
Outra das vozes que se fez ouvir em Davos foi a do ex- presidente norte-americano Bill Clinton, que considerou as alterações climáticas como a ameaça mais grave que o planeta enfrenta e "o único poder que poderia acabar com a civilização tal como a conhecemos hoje".
A voz mais crítica do último dia de Davos foi a do ex- presidente do Banco Mundial e actual enviado especial do Quarteto para a Paz no Médio Oriente, James Wolfensohn, o qual advertiu que, enquanto as pessoas com dinheiro não se derem conta de que a sua comodidade se sustenta em grande parte na qualidade de vida da maioria (da população mundial), não se poderá falar de um mundo melhor".
 







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