2006-01-29 13:21:43

Apelo aos responsáveis das nações para que unam os esforços para superar os graves desequilibrios que penalizam grande parte da humanidade. Entre os sintomas da miseria encontra-se também a lepra,salientou o Papa depois da recitação do Angelus. Bento XVI recordando a sua recente enciclica salientou que os Santos são testemunhas previlegiadas do primado do Amor


O exemplo dos santos aproxima-nos do amor de Deus. É a mensagem que Bento XVI propôs antes da recitação do Angelus com os fiéis congregados este domingo ao meio dia na Praça de São Pedro.
Na minha primeira encíclica publicada quarta feira, “quis recordar o primado do amor e que testemunhas privilegiadas deste primado são os Santos, os quais transformaram a sua existência, embora com milhares de tonalidades diferentes, um hino a Deus Amor. Esta multidão de homens e mulheres, que o Espírito de Cristo plasmou tornando-os modelos de dedicação evangélica, leva-nos prosseguiu Bento XVI a considerar a importância da vida consagrada como expressão e escola de caridade. O Concilio Vaticano II sublinhou como a imitação de Cristo na castidade, pobreza e obediência está orientada para a consecução da perfeita caridade, recordou depois o Papa convidando os fiéis a deslocarem-se na tarde do próximo dia 2 de Fevereiro á Basílica de S. Pedro onde ele presidirá a Missa com a procissão das velas, e para a qual são convidados de maneira especial os religiosos e pessoas consagradas que vivem em Roma. Juntos pediremos a Deus o dom da vida consagrada e rezaremos para que ela continue a ser no mundo sinal eloquente do seu amor misericordioso.
Depois da recitação do Angelus Bento XVI renovou o apelo aos responsáveis das nações para que unam os esforços para superar os graves desequilíbrios que ainda penalizam grande parte da humanidade. O Papa fê-lo no contexto de uma oração pelos doentes de lepra, celebrando-se neste domingo a jornada que lhes é dedicada. Aos leprosos e aos voluntários que os assistem Bento XVI dirigiu uma saudação especial.
“A lepra é sintoma de um mal mais grave e mais vasto, que é a miséria; por isso, seguindo os meus predecessores, renovo o apelo aos responsáveis das nações para que unam os esforços para superar os graves desequilíbrios que ainda hoje penalizam grande parte da humanidade.
O Papa reza pelas vitimas e feridos do desabamento do telhado do pavilhão de um centro de exposições ocorrido ontem em Katowice, na Polónia que causou varias vitimas.
Saudando os peregrinos polacos o Papa confiou á misericórdia de Deus todos aqueles que morreram e em espírito uniu-se aos seus familiares e a todos aqueles que ficaram feridos, concedendo a todos a sua bênção.
Bento XVI aproveitou também o fim de Janeiro, mês da Paz, para aconselhar os jovens a exercitarem a paz, seguindo o exemplo do seu “treinador”, Jesus, numa saudação especial aos jovens da Acção Católica de Roma.

Os 5.000 jovens da Acção Católica participaram nos “Cem metros pela paz”, que iam desde o início da Via da Conciliação até à Praça de São Pedro. O lema desta iniciativa, promovida também pelo Centro Desportivo Italiano, era “Se treinas na paz, és o atleta de que gostamos”.

No final do Angelus, duas crianças da Acção Católica foram ao apartamento papal, para ir à janela juntamente com o Papa e, de lá, soltar duas pombas como símbolo de paz.

"Confio-vos a tarefa que propus a todos na mensagem do dia 1 de Janeiro: aprendam a dizer e fazer a verdade e transformem-se em construtores da paz", disse Bento XVI aos jovens.

O Papa lançou depois, como o fazia o seu predecessor João Paulo II, duas pombas brancas, mas uma das aves preferiu regressar ao calor e voltou a entrar pela janela aberta. "Ela preferiu ficar com o Papa, mas reencontrará a sua liberdade", gracejou Bento XVI.








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