2006-01-28 16:56:21

HANS KÜNG DESAFIA EX-COLEGA DA UNIVERSIDADE DE TÜBINGEN A ABORDAR QUESTÕES POLÊMICAS


Tübingen, 27 jan (RV) - O mais proeminente teólogo contestatário da Igreja Católica, Hans Küng, elogiou Bento XVI, por sua primeira encíclica _ "Deus é amor" _ mas lhe pediu que escrevesse uma segunda, manifestando idêntica abertura em relação ao controle da natalidade, ao divórcio e às demais religiões cristãs.

Hans Küng, de 77 anos _ que em 1966 convidara Joseph Ratzinger para o corpo docente da Universidade de Tübingen, Alemanha _ está oficialmente proibido de lecionar teologia católica, desde 1979.

Segundo a agência de notícias Reuters, o teólogo suíço reconhece a "justeza teológica" da encíclica do Papa e afirma que a encíclica de Ratzinger, de 78 anos, "não é um manifesto de pessimismo cultural, ou de restritiva moral sexual".

Nela, o Papa admite a compatibilidade do amor erótico e do amor a Deus e, ao mesmo tempo, rejeita aquilo que designa como "desvio destruidor", reivindicando a verdadeira grandeza do amor, para além do "prazer de um instante", descrevendo o "êxtase" do amor físico (só entre homem e mulher e só no casamento) como algo que conduz ao amor divino de Deus.

"Em vez de um discurso programático como manda a tradição, Bento XVI propõe uma reflexão de elevada dimensão filosófica, sobre a temática do amor humano" _ considerou Henri Tincq, responsável, desde 1985, pela informação religiosa publicada no prestigioso jornal francês "Le Monde". (MZ)







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