2006-01-28 18:49:03

CONSELHO MUNDIAL DAS IGREJAS CONCLAMA IGREJAS A ACABAR COM AS INJUSTIÇAS


Genebra, 28 jan (RV) - Diante do modelo de "injustiça econômica" que impera no mundo, as Igrejas devem atuar contra os intoleráveis níveis de pobreza produzidos por esse modelo. O alerta é do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), que fará um apelo nesse sentido, em sua 9ª Assembléia Geral, agendada para Porto Alegre, de 14 a 23 de fevereiro.

"Um mundo sem pobreza não só é possível, mas está de acordo com a graça de Deus para o mundo" _ afirma o apelo sobre globalização econômica, dirigido às Igrejas e movimentos sociais que participarão da IX Assembléia do CMI.

Intitulado "AGAPE _ chamamento ao amor e à ação", o documento, cuja autoria é compartilhada pelo CMI e outras organizações ecumênicas, pede às Igrejas que atuem "unidas, para acabar com a injustiça econômica", de acordo com o tema central da Assembléia: "Deus, em tua graça, transforma o mundo".

A convocação, que tem forma de oração, pede às Igrejas que se comprometam de novo a trabalhar pela justiça, nas relações comerciais internacionais, a erradicar a pobreza e a desigualdade e a favor dos "empréstimos responsáveis, o cancelamento incondicional da dívida e o controle e a regulamentação dos mercados financeiros mundiais".

As Igrejas também serão convidadas a atuar em favor da preservação dos recursos naturais e da biodiversidade, a resistir à privatização dos bens e serviços públicos, a promover a reforma agrária, a defender o trabalho decente e salários justos, e a adotar uma firme postura de fé contra os poderes hegemônicos.

Vivemos numa economia em que 20% da população mundial detém 83% da riqueza do mundo, outros 20% possuem apenas 11%, e a maior fatia da humanidade _ 60% da população mundial _ detém apenas 6% da riqueza do mundo, sublinha o documento.

"Espera-se que o presente documento estimule as Igrejas e a família ecumênica a abordarem as complexas questões relativas à injustiça econômica, que é o principal problema do nosso tempo" _ disse Rogate Mshana, encarregado do programa de justiça econômica do Conselho Mundial das Igrejas. (MZ)







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