CARDEAL MEISNER: "CARIDADE SEM ANÚNCIO DO EVANGELHO É APENAS AJUDA SOCIAL"
Colônia, 28 jan (RV) - O Cardeal-arcebispo de Colônia, Joachim Meisner, elogiou
a boa acolhida que teve a primeira encíclica de Bento XVI _ "Deus caritas est" _ e
recordou que a caridade desligada do anúncio da Boa Nova e do culto, se converte apenas
em ajuda social.
Para o Cardeal Meisner, afirmar que "Deus é amor" não significa
reconhecer apenas um simples predicado de Deus. "É aquilo de mais divino que o homem
pode pronunciar sobre Deus e, ao mesmo tempo, o máximo que se pode dizer sobre o homem,
é que ele é amado por Deus."
"Tenho a impressão _ continuou o Cardeal Meisner
_ que a humanidade esperava, há muito tempo, o conteúdo desta encíclica, e de fato,
não existe uma mensagem mais simples nem mais profunda para o ser humano, que as palavras
iniciais da mesma, que por sua vez refletem exatamente seu conteúdo: Deus é amor".
A
encíclica fundamenta a dignidade e a intangibilidade do ser humano, quando afirma
que "Deus ama o homem e o homem é amado por Deus; isso não é um acontecimento puramente
espiritual, mas envolve o homem com todo o amor de que é capaz, como destaca o Papa.
O casamento entre um homem e uma mulher é, por exemplo, reflexo deste amor físico-espiritual."
Para
o purpurado, a obra caritativa não é um "passatempo social ao qual a Igreja se dedica
quando lhe convém, mas faz parte da essência de sua missão". "Quando o culto não é
unido à caridade, torna-se apenas um rito vazio. Quando o anúncio do Evangelho não
se realiza nem dá frutos na caridade, torna-se ideologia. E quando a caridade não
é unida ao anúncio do Evangelho e ao culto, torna-se apenas ajuda social" _ sublinhou
o Cardeal Meisner. (MZ)