2006-01-28 15:53:03

A indissolubilidade do matrimónio é um valor irrenunciável que faz parte da integridade do mistério cristão, como salientou Bento XVI num discurso aos juizes do Tribunal da Rota Romana


O principio da indissolubilidade do matrimónio pertence á integridade do mistério cristão: salientou Bento XVI no discurso dirigido neste sábado á Rota Romana, por ocasião da inauguração do ano judicial.
Hoje infelizmente devemos constatar que esta verdade ás vezes se encontra obscurecida na consciência dos cristãos e das pessoas de boa vontade
Segundo o Papa, que recordou como tal principio tivesse sido reafirmado por João Paulo II com força; precisamente por este motivo é um engano o serviço que se pode oferecer aos fiéis e conjugues não cristãos em dificuldades, reforçando neles, talvez apenas implicitamente, a tendência a esquecer a indissolubilidade da própria união. Desta maneira, acrescentou, a eventual intervenção da instituição eclesial nas causas de nulidade, corre o perigo de aparecer uma simples constatação de falência.
Bento XVI pediu á Rota Romana que as sentenças de nulidade ou não dos matrimónios cheguem em tempo razoável tendo em conta o bem das pessoas, e incita os juízes da Sacra Rota Romana a conformar-se ao critério da procura da verdade, mesmo que para as sentenças sobre os matrimónio se deva considerar um outro aspecto da questão: o seu valor pastoral.
Pode acontecer de facto - afirmam aludindo talvez á atitude de declarar nulas as uniões para ir ao encontro das dificuldades dos fiéis – que a caridade pastoral seja ás vezes contaminada por atitudes de complacência em relação ás pessoas; estas atitudes podem parecer pastorais, mas na realidade não respondem ao bem das pessoas e da própria comunidade eclesial; podem até mesmo resultar contraproducentes em relação ao encontro salvífico de cada um com Cristo.
O Papa recordou que “o processo de nulidade de casamento constitui um instrumento para acertar a verdade sobre o vínculo conjugal” e o seu objectivo não é aquele de “complicar inutilmente a vida aos fiéis nem sequer de exacerbar o litígio, mas apenas de prestar um serviço à verdade”.

“As sentenças eclesiásticas nesta matéria, incidem, de facto na possibilidade ou não de receber a Comunhão eucarística”, explicou o Papa Joseph Ratzinger, e precisamente por isso, continuou, se explica que este argumento tenha estado também presente no decorrer do último Sínodo dos Bispo, sobre a Eucaristia.








All the contents on this site are copyrighted ©.