BENTO XVI NA MENSAGEM PARA O DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS: A MÍDIA DEVE DEFENDER
A FAMÍLIA
Cidade do Vaticano, 24 jan (RV) - Um "apelo aos meios de comunicação", apelo
"que comporta grandes desafios", para que "sejam responsáveis", "protagonistas da
verdade" e "promotores da paz". É o conteúdo da mensagem de Bento XVI para o 40º Dia
Mundial das Comunicações Sociais, que se celebra todos os anos, na solenidade da Ascensão
do Senhor que, este ano, cai no dia 28 de maio, com o tema: "A mídia: rede de comunicação,
comunhão e cooperação".
A mensagem do Papa é publicada na festa de São Francisco
de Sales, patrono dos jornalistas católicos, que cai justamente no dia 24 de janeiro.
"Iluminar
as consciências dos indivíduos e ajudá-los a desenvolver o próprio pensamento jamais
é compromisso neutro" _ escreve Bento XVI em sua primeira mensagem aos mass media.
"A
comunicação autêntica exige coragem e determinação" _ ressalta o Papa. "Exige a determinação
daqueles que atuam na mídia, a não ceder sob o peso de tanta informação e a não adequar-se
a verdades parciais ou provisórias. Exige, sobretudo, a busca e a difusão daquilo
que é o sentido e o fundamento último da existência humana, pessoal e social. Desse
modo _ indica o Pontífice _ os meios de comunicação podem contribuir construtivamente
para a difusão de tudo que é bom e verdadeiro."
Mas existem "grandes desafios"
a serem afrontados, na "grande mesa redonda do diálogo da humanidade". O Papa usa
essa expressão figurada para definir "os meios de comunicação social".
De fato,
"atenção às degenerações que se verificam quando a indústria da mídia se torna um
fim em si mesma, voltada unicamente para o lucro, perdendo de vista o sentido de responsabilidade
no serviço ao bem comum".
"Portanto, é sempre necessário _ recomenda Bento
XVI _ garantir uma cuidadosa narração dos eventos, uma exata explicação dos temas
de interesse público, e uma honesta apresentação dos diversos pontos de vista."
A
seguir, o Papa recomenda "ajudar e encorajar" a família, "fundamento de toda cultura
e sociedade", e pede aos mass media e às indústrias do espetáculo, que colaborem com
os pais para educar as crianças, "apresentando modelos edificantes de vida e de amor
humano". "Como nos sentimos desencorajados, todos nós, quando se verifica o contrário"
_ ressalta o Santo Padre _"quando os jovens são submetidos a expressões de amor degradantes
ou falsas, que ridicularizam a dignidade dada por Deus a toda pessoa humana e ameaçam
os interesses da família". (RL)