150 jornalistas mortos em 2005: divulgado relatorio anual da federação internacional
dos jornalistas
Cento e cinquenta jornalistas morreram em 2005 no exercício das suas funções, vítimas
da guerra, de assassínios, de catástrofes naturais ou de acidentes, indicou ontem
a Federação Internacional de Jornalistas.
Trata-se do pior ano numa
profissão cada vez mais perigosa, indicou a Federação Internacional de Jornalistas
num comunicado acompanhando a publicação do relatório anual, na Austrália. De acordo
com o estudo, 89 jornalistas foram mortos “no exercício das suas funções”, a maior
parte vítimas de assassínios cometidos por políticos, forças paramilitares ou criminosos.
Os restantes 61 morreram durante reportagens, 48 dos quais no acidente de um avião
militar no Irão e três num sismo registado a 8 de Outubro no Sul da Ásia. O Iraque
continua a ser o país mais perigoso do Mundo para os jornalistas, com 35 mortos registados,
seguido das Filipinas, com 10 registos.
Menos de 10 por cento dos assassínios
deram lugar a investigações sérias das autoridades, com apenas cinco culpados a ser
levados à Justiça, refere a organização. Perante esta realidade, a FIJ critica
uma mistura de corrupção policial, incompetência judicial e indiferença política.