Uma rede mundial de televisões católicas, um objectivo da Santa Sé
O Vaticano manifestou a intenção de promover uma melhor coordenação entre as televisões
católicas de todo o mundo, de modo a fazer face às exigências de meios e de profissionalismo.
O presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, D. John Patrick
Foley, defendeu a criação de um “fórum” de canais católicos, deixando votos de que
estas televisões se transformem no “sistema nervoso da Igreja” e sejam capazes de
“informar” sobre a mesma.
Este membro da Cúria Romana desafiou as televisões
católicas a “atingir a melhor qualidade” possível. “Não existe outro sector como o
televisivo em que haja necessidade de uma rede, de forma a que a programação comum
seja oferecida em todo o mundo, a formação profissional seja oferecida numa base internacional
e as ideias sobre os programas sejam partilhadas”, apontou.
As propostas foram
lançadas em Roma, durante a segunda reunião do comité organizador do Congresso Mundial
das televisões católicas. O evento terá lugar em Madrid, no próximo mês de Outubro.
“Um
dos problemas do mundo é que há – graças a Deus – muitas iniciativas de televisões
católicas, mas muitas vezes não há recursos suficientes para a programação, não há
meios económicos ou pessoal especializado para mantê-las em actividade”, frisou o
Arcebispo Foley.
Para o prelado norte-americano, seria uma “boa ideia” responder
a pedidos que têm chegado de todo o mundo e “criar um fórum, para projectar e também
ajudar a colocar em prática a coordenação e a cooperação” entre essas televisões.
Essa
“rede” mundial deveria oferecer uma programação de qualidade em todos os países e
melhorar a formação profissional dos operadores televisivos católicos.
“Se
os nossos esforços são pobres e pouco profissionais, aquilo em que acreditamos pode
parecer de pouco valor e, paradoxalmente, pomos Deus a fazer uma fraca figura”, alertou
D. John P. Foley.