Em Portugal a semana nacional social em preparação, com "um olhar de esperança"
A reflexão lançada pela Igreja católica sobre a realidade do emprego em Portugal,
que culminará com a realização da Semana Social de 2006, pretende apresentar um discurso
de esperança. Isso mesmo foi explicado à Agência ECCLESIA por Manuel Porto, presidente
da Comissão Coordenadora Nacional das Semanas Sociais.
“A intenção de fundo
é apresentar uma perspectiva positiva, junto de estruturas sociais, empresariais e
sindicais”, assegura. Nesse sentido, está a ser enviada uma carta a essas entidades,
procurando encontrar casos de sucesso.
O fenómeno sempre presente do desemprego
deve ser analisado, segundo Manuel Porto, desde as várias razões que o favorecem,
“desde o progresso tecnológico ao modelo social que se implementa em determinado país”.
Para este responsável, é fundamental a existência de uma “protecção sem rigidez”,
defendendo os interesses de quem trabalha e apoiando quem está desempregado.
“A
Igreja sempre defendeu que o Estado deve intervir, mas é necessário que as pessoas
possam exprimir a sua iniciativa”, lembra. Assim, a Semana Social quer frisar que
“a criação de emprego depende de cada um de nós” e irá apresentar “iniciativas criadoras
de emprego em várias áreas”.
Sob o tema “Uma sociedade criadora de emprego”,
a iniciativa da Comissão Episcopal do Laicado e Família da CEP pretende mobilizar
as dioceses e as organizações eclesiais e sociais em torno de uma questão chave para
o desenvolvimento e o bem-estar do país.
Manuel Porto sublinha que estas são
jornadas para “desassossegar as consciências”, recordando às pessoas que “têm a obrigação
de tomar iniciativas”.