Cidade do Vaticano, 21 jan (RV) - A celebração presidida por Bento XVI, no
próximo dia 25 de janeiro, na Basílica de São Paulo "fora dos muros", com a presença
de representantes das Igrejas e comunidades eclesiais cristãs de Roma, é apenas um
dos eventos de um calendário que promete numerosos outros, no campo do diálogo ecumênico.
O
Papa presidirá à celebração das Primeiras Vésperas da Solenidade da Conversão de São
Paulo, na conclusão da Semana de oração pela unidade dos cristãos. E tudo faz prever
que a agenda ecumênica terá novos compromissos durante o ano.
A Comissão Mista
Internacional de Diálogo entre Católicos e Ortodoxos deverá reunir-se em setembro,
após uma pausa de vários anos, e o tema teológico a ser abordado será a autoridade
na Igreja e o primado do Papa.
Quanto ao diálogo entre católicos e luteranos,
aguarda-se a conclusão de um documento sobre a "apostolicidade na Igreja", relativo
à continuidade do ensinamento e da tradição da Igreja desde os apóstolos.
Para
julho, espera-se uma declaração conjunta católico-metodista sobre o reconhecimento
da presença da Igreja de Deus em cada uma. O Conselho Metodista Mundial deve votar,
ainda em julho, a adoção formal da Declaração Conjunta de 1999, sobre a Doutrina da
Justificação.
Também no diálogo dos católicos com as Igrejas Pentecostais,
aguarda-se a publicação de um documento sobre o que cada uma entende ser o "Batismo
do Espírito Santo" e seu papel na salvação de cada Cristão.
Espera-se ainda,
que a Comissão Conjunta Católico-anglicana para a Unidade e a Missão retome seus trabalhos
em breve. Os trabalhos desse importante organismo ecumênico foram suspensos em 2003,
após a ordenação de um Bispo homossexual, por parte da Igreja Episcopaliana (ramo
anglicano nos EUA) e a decisão da Igreja Anglicana no Canadá, de abençoar uniões homossexuais.
Atualmente,
outro elemento pode dificultar o diálogo: a anunciada decisão da Igreja Anglicana,
de contemplar a ordenação episcopal das mulheres. (CM)