Bento XVI deixou este domingo dia 22 um apelo ao “diálogo construtivo” na Costa do
Marfim, alertando a comunidade internacional para a difícil situação no país africano.
“Entre
as muitas preocupações pela situação internacional, o meu pensamento volta hoje para
a África e, em especial, para a Costa do Marfim, onde persistem graves tensões entre
as várias partes sociais e políticas do país”, disse após a recitação do Angelus.
O Papa pediu que os responsáveis avancem pelo caminho do diálogo, rumo “à reconciliação
e à paz”.
A agência do Vaticano para o mundo missionário, Fides, já tinha dado
relevo aos recentes confrontos em Abidjão, na sequência de protestos dos partidários
do Presidente Laurent Gbagbo, que exigem a retirada das forças da ONU do país.
A
situação na Costa do Marfim, o maior produtor mundial de cacau, precipitou-se novamente
depois de o Grupo de trabalho internacional (GTI), encarregado de seguir a evolução
do processo de paz entre as facções internas, ter decidido não prolongar o mandato
da Assembleia nacional que expirou em Dezembro passado, na qual os partidários de
Gbagbo são a maioria.
Citando fontes missionárias no local, remetidas ao anonimato
por motivos de segurança, a agencia Fides refere que o processo de paz deve recomeçar
“através de uma série de etapas: desarmamento das milícias, retomada da administração
estatal nas regiões ocupadas pelos rebeldes e, por fim, eleições para dar estabilidade
ao país”.