IGREJA EM PORTUGAL QUER REFORÇO DO PAPEL DA ESCOLA NA INTRODUÇÃO DAS COMUNIDADES
Lisboa, 18 jan (RV) - Várias estruturas da Igreja Católica em Portugal, que
trabalham com imigrantes, defenderam nesta terça-feira, o reforço do papel da escola
na introdução dessas comunidades, criticando a tendência de inserir os estrangeiros
através da alteração de seus hábitos.
Num comunicado que inclui as conclusões
do 6º Encontro Nacional de Apoio Social ao Imigrante, no fim de semana passado, em
Fátima, os participantes lamentam a "tendência à homogeneização" que existe na introdução
dos imigrantes.
Para contrastar essa tendência, a Igreja defende o reforço
do trabalho dos "docentes de outras línguas e culturas" junto a essas comunidades,
reclamando ainda "um modelo curricular adaptado à proveniência do aluno" nas escolas
públicas.
No plano religioso, a Igreja se compromete a "formar agentes pastorais
para o diálogo ecumênico e inter-religioso", e a "apoiar outras confissões religiosas,
para que encontrem espaços para o culto, sempre que manifestarem esse interesse".
A
"realização de estágios para sacerdotes em países de destino da emigração e de origem
da imigração" é outra das propostas do encontro, que reuniu técnicos e voluntários
das Caritas Diocesanas e dos Secretariados das Migrações de todo o país, contou ainda
com a presença Dom António Vitalino, presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade
Humana.
A efetiva integração social dos imigrantes, sem a perda de sua cultura
de origem, só poderá ser feita através de "espaços de convivência mútua de entretenimento"
entre as várias comunidades. (MZ)