A importância da presença cristã na Terra Santa, sublinhada pelo Rei da Jordânia num
encontro com bispos europeus e americanos
O rei Abdullah II da Jordânia sublinhou a importância da presença cristã na Terra
Santa, alertando contra a tentação de “esvaziar Jerusalém dos seus habitantes árabes
cristãos”.
O alerta foi lançado na recepção a uma delegação de Bispos europeus
e norte-americanos, que de 14 a 19 deste mês visitam a Terra Santa, procurando manifestar
a solidariedade da Igreja universal para com as comunidades cristãs locais.
A
visita é organizada, anualmente, pela coordenação das Conferências Episcopais em ajuda
à Igreja na Terra Santa, bem como pela Conferência dos Bispos Católicos da Terra Santa.
Este ano, a visita estendeu-se à Jordânia, onde os participantes foram encontrar-se,
pela primeira vez, com o Rei Abdullah.
Aos presentes, o monarca jordano declarou
que considerava Jerusalém como a cidade “da esperança e da paz” para os fiéis das
três religiões monoteístas.
Segundo a agência oficial Petra, o Rei convidou
as Igrejas do Ocidente a “encorajar os habitantes árabes cristãos a permanecer na
Cidade Santa, para que ele guarde a sua autenticidade e a sua identidade”.
Recentemente,
o Departamento de Estatística do governo de Israel publicou os dados actualizados
do número de cristãos no país. Segundo essa agência do Estado, vivem em Israel (incluindo
Jerusalém, mas não os territórios palestinianos ocupados) 146 mil cristãos. Desses,
119 mil seriam membros da minoria nacional árabe, e 27 mil seriam "não-árabes", em
grande parte imigrados da ex-União Soviética.
Os católicos estão em minoria
entre esses 160 mil cristãos que vivem em Terra Santa, um número que decai com o passar
dos anos. Em Israel, os cristãos apenas representam 9% da minoria árabe e 2,1% da
população total do país, de quase 7 milhões de habitantes.
Em 1949, um ano
após a proclamação do Estado de Israel, os cristãos representavam 20% da minoria árabe.