2006-01-07 17:25:19

GOVERNO DE HONDURAS PROTESTA CONTRA O MURO NOS ESTADOS UNIDOS


Tegucigalpa, 05 jan (RV) - "Um atentado contra os direitos humanos": assim Milton Jiménez Puerto _ que no próximo dia 27 de janeiro tomará posse como Ministro das Relações Exteriores de Honduras _ define o discutido projeto estadunidense de construir um muro na fronteira com o México, para combater a imigração clandestina.

Segundo a agência missionária de notícias _ MISNA _ Jimenez definiu a decisão como "um erro, que poderia incidir decisivamente nas relações entre Washington e a América Latina", explicando que "o muro fere a dignidade dos migrantes e viola seus direitos fundamentais".

O Ministro das Relações Exteriores em fim de mandato, por sua vez, Mario Fortín, também tem uma posição semelhante: "Se se quer erradicar a imigração clandestina, deve-se promover um maior desenvolvimento nos países que estão ao sul dos Estados Unidos" _ disse.

Segundo o banqueiro hondurenho Jaime Roosenthal, ex-candidato à presidência, "o muro poderá causar graves prejuízos às frágeis economias da área, sobretudo as que se mantêm com as remessas de dinheiro dos emigrantes" (um bilhão de dólares por ano, no caso de Honduras).

O governo mexicano, do qual partiram os primeiros protestos, expressou "seu reconhecimento" pela solidariedade manifestada contra o projeto estadunidense, também por Cuba e Venezuela, países com os quais, nos últimos anos, o México teve diversos conflitos, reduzindo as relações diplomáticas.

A Conferência Episcopal Mexicana (CEM) expressou-se contra a construção da barreira: Dom José Guadalupe Martín Rábago, Presidente do Episcopado, falou sobre a medida como "uma decisão xenófoba, egoísta e injusta", que não impedirá a imigração. "Forçará os emigrantes _ sublinhou ele _ a enfrentar caminhos ainda mais perigosos que poderão gerar um número maior de vítimas." (MZ)







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