Apoio urgente a milhares de familias da provincia moçambicana de Sofala

O presidente da Associação Portugal-Moçambique exortou as autarquias do Porto, Coimbra, Seixal e Arganil a apoiar a assistência aos sobreviventes das fortes chuvas que têm assolado a região da Beira. Um apelo dirigido às cidades geminadas, mas extensivo a todo o País.

No âmbito de uma visita que está a realizar àquela região no centro de Moçambique, o presidente da associação, António Macedo Pinto, informou que há 250 mil famílias da província de Sofala que necessitam de “ajuda urgente” em dinheiro, bens alimentares e produtos agrícolas, devido às chuvas que fustigam aquela província desde o dia de Natal e que já causaram pelo menos 13 vítimas mortais.

Esta deslocação de uma delegação da associação, que tem sede na cidade do Porto, ao município de Sofala tem como objectivo aferir as reais dimensões da “grave situação” que enfrentam as populações vítimas das enxurradas que ocorrem também noutras regiões de Moçambique. No local, o responsável disse ter encontrado um cenário “trágico”, acrescentando que, “mesmo com a elevada corrente da água, as populações querem movimentar-se, tentando atravessar os rios” para se pôr a salvo dos efeitos da intempérie.
As autoridades em Sofala estimam em 390 mil euros os prejuízos causados pelas chuvas que caem desde a última semana do ano passado, necessitando de mais de 130 mil euros para fazer face à situação, a curto prazo. “

A direcção nacional das Águas de Moçambique lançou um alerta no sentido de que as populações locais devem afastarem das áreas em risco de inundações nas bacias dos rios Save, Búzi, Pungué, Licungo e Zambeze, no centro de Moçambique, cujos níveis têm registado tendência de subida devido às fortes chuvas que se vêm registando nas regiões a montante. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique, é de prever a continuação da queda de chuvas na região, situação que poderá arrastar-se até ao próximo mês de Março.