Durante seis meses a presidência da União Europeia está a cargo da Áustria, que pretende
relançar o tema do Tratado Constitucional. Viena acredita ser possível dar uma nova
dinâmica à Europa, nomeadamente apostar no reforço do papel da União Europeia no Mundo. Viena
sustenta que o seu “ponto de partida não é fácil”, devido às várias crises instaladas
na UE, embora o seu trabalho esteja mais facilitado por os 25 terem conseguido um
acordo sobre o próximo quadro orçamental, as chamadas Perspectivas Financeiras 2007-2013,
durante a presidência anterior, conduzida pelo Reino Unido. Na apresentação dos objectivos
da nova presidência, ontem, a ministra dos Negócios Estrangeiros austríaca, Ursula
Plassnik, disse, a 19 de Dezembro, ser possível agora a UE concentrar-se em questões
“realmente importantes”, como a criação de emprego, a liberdade e a segurança, a protecção
do ambiente e o reforço do papel da UE no Mundo.
Viena pretende relançar o
debate sobre o “futuro da Europa” e, em concreto, sobre o Tratado Constitucional,
um assunto “congelado” há meses na sequência da vitória do «não» nos referendos em
França e na Holanda. Na ordem de trabalhos da nova presidência da UE – assumida ontem
e liderada pelo chanceler austríaco, Wolfgang Schuessel – vai estar também a avaliação
das condições da adesão da Roménia e da Bulgária, prevista para 2007. A Áustria aponta
ainda como uma das suas grandes preocupações a relação da UE com os países dos Balcãs
Ocidentais e o diálogo inter-
religioso. A presidência da União Europeia passa
por todos os Estados-membros durante um período de seis meses, um cargo que Portugal
irá ocupar no último semestre de 2007.