2006-01-02 16:10:26

EM 2005, 26 RELIGIOSOS PEDERAM A VIDA PELA CAUSA DO EVANGELHO: O DOBRO DE 2004


Cidade do Vaticano, 31 dez (RV) - Em 2005 foram mortos 26 membros da Igreja, entre bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, quase o dobro de 2004, segundo informações da agência missionária de notícias _ FIDES.

"A contagem não se restringe apenas aos missionários "ad gentes" em sentido estrito, mas a todo o pessoal eclesiástico morto de modo violento ou que sacrificou a vida consciente do risco que corria, sem jamais abandonar o compromisso de testemunho e de apostolado" _ esclarece a FIDES.

Os italianos mortos foram três, todos em setembro: P. Giuseppe Bessone, no Brasil; P. Angelo Redaelli, no Congo; e P. Ignazio Bara, na Índia. "Alguns deles foram encontrados horas ou dias após a morte, quase sempre vítimas de agressões ou roubos a mão armada perpetrados em contextos sociais de particular violência, degradação humana e pobreza, circunstâncias que tentavam aliviar, com sua presença e seu trabalho.

Com relação aos lugares onde, em 2005, registrou-se o maior número de vítimas, em primeiro lugar está a América, que assistiu à morte violenta de 8 sacerdotes, 2 religiosas e 2 religiosos. A Colômbia continua sendo a Nação onde os conflitos sociais são mais agudos e a Igreja paga um forte tributo pelo seu compromisso em prol da reconciliação e da justiça social, em nome do Evangelho. Ali foram mortos 4 sacerdotes e uma religiosa.

Ainda na Colômbia entre as vítimas desse longo e sangrento conflito, foram mortos dois sacerdotes "por erro" dos guerrilheiros. Outros dois sacerdotes foram mortos no México: trabalhavam em zonas de grande degradação, em meio à violência e ao tráfico de drogas.

Uma religiosa envolvida na Comissão Pastoral da Terra ao lado dos trabalhadores do campo, e outros dois sacerdotes encontraram a morte no Brasil.

Dois religiosos missionários, engajados no serviço aos pobres, foram mortos com um único tiro na Jamaica,quando se encontravam em sua comunidade, em Kingston. Isso mostra o clima de insegurança que tomou conta da capital jamaicana.

A África foi banhada com o sangue de um bispo, 6 sacerdotes e um leigo. Foram encontrados mortos em sua residência, provavelmente vítimas de ladrões, ou eliminados deliberadamente, com furor sanguinário, no Quênia, República Democrática do Congo, Congo-Brazzaville e Nigéria. Dentre eles emerge a figura do sacerdote congolês P. François Djikulo, morto de modo selvagem, juntamente com um leigo que o acompanhava em sua missão de paz.

Também no continente asiático houve sangue derramado pela causa do Evangelho: 3 sacerdotes mortos na Índia e um na Indonésia. Dos sacerdotes indianos se recorda o sacrifício de P. Ignazio Bara, mártir da paz, morto quando tentava evitar o conflito iminente entre um grupo tribal e um grupo fundamentalista hindu, numa área marcada por conflitos entre as etnias.

Por fim, devemos também registrar os dois sacerdotes mortos na Europa: o primeiro em Bruxelas, engajado na acolhida aos imigrantes e a todos os que batiam à sua porta; e o segundo na Rússia, perto de Moscou, onde estava reconstruindo a comunidade paroquial. (MZ)







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