No Te Deum de fim de ano Bento XVI recorda com profundo sentimento João Paulo II,
e afirma que a crise da familia é um grave prejuizo para a nossa sociedade, e que
a Igreja deseja ser acolhedora sempre na verdade e na caridade.
O meu pensamento vai com profundo e espiritual sentimento a há doze meses
quando como esta noite o amado Papa João Paulo II, pela ultima vez se fez voz do Povo
de Deus para dar graças ao Senhor pelos numerosos benefícios concedidos á Igreja e
á humanidade. Foi assim que Bento XVI iniciou a homilia das primeiras vésperas
da solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus e do Te Deum de acção de graças na conclusão
do ano civil, que presidiu na Basílica de São Pedro. No mesmo e sugestivo ambiente
desta Basílica – disse o Papa – “agora toca a mim recolher idealmente de todos os
cantos da terra, o cântico de louvor e de agradecimento que se eleva a Deus ao completar-se
o ano de 2005 e na véspera de 2006. Sim é um nosso dever, além duma necessidade do
coração, louvar e agradecer aquele que ,sendo eterno, nos acompanha no tempo sem nunca
nos abandonar e vigia sempre sobre a humanidade com a fidelidade do seu amor misericordioso”.
Bento XVI usou depois as palavras de João Paulo II para reafirmar a importância na
vida da Igreja e da sociedade, da família fundada no matrimónio, salientando que a
crise da família constitui um grave prejuízo para a nossa sociedade. Na sua homilia
o Papa enfrentou o tema da família recordando que está no centro do programa pastoral
da diocese de Roma: um programa que procede positivamente com uma acção apostólica
capilar nas varias paroquias e agregações eclesiais; e fez votos que este esforço
comum conduza a uma renovação autentica das famílias cristãs. O pensamento do Papa
foi depois também á Igreja de Roma que nos doze meses passados foi visitada por muitas
outras igrejas e comunidades eclesiais para aprofundar o diálogo da verdade na caridade,
que une todos os baptizados e experimentar juntos mais vivo o desejo da plena comunhão.Mas
também muitos crentes de outras religiões - sublinhou Bento XVI – quiseram testemunhar
a própria estima cordial e fraterna a esta Igreja e ao seu bispo, conscientes de que
no encontro sereno e respeitoso se esconde a alma de uma acção concorde a favor da
humanidade inteira E que dizer das tantas pessoas de boa vontade que quiseram dirigir
o seu olhar a esta Sede para tecer um diálogo proveitoso sobre os grandes valores
que dizem respeito á verdade do homem e da vida, que deve ser defendida e promovida?
A Igreja deseja ser acolhedora sempre, na verdade e na caridade