2005-12-29 16:00:02

CARDEAL TRUJILLO: ABORTO TORNOU-SE UM MASSACRE


Cidade do Vaticano, 29 dez (RV) - O aborto tornou-se um massacre de enormes dimensões. O alerta é do Cardeal Alfonso Lopez Trujillo, Presidente do Pontifício Conselho para a Família. Em entrevista à agência de notícias vaticana _ FIDES _ o purpurado afirma que as interrupções voluntárias da gravidez no mundo já chegam a mais de 50 milhões por ano.

Pior do que a estatística, para o Cardeal Trujillo, é o fato que muitas mulheres não manifestam "sequer um sentimento de culpa depois de fazer um aborto e sacrificar uma vida inocente". Entre as vítimas, o Cardeal inclui os embriões cujo desenvolvimento é interrompido pelo uso da pílula do dia seguinte.

A responsabilidade pela banalização do aborto, para o Cardeal Trujillo, é, em grande parte, dos governos. Ele afirma que "leis caprichosas e arbitrárias dos parlamentos" criam aberrações como a legislação dos Estados Unidos, onde o embrião e o feto não são considerados como pessoa humana antes do nascimento e, portanto, não têm nenhum direito jurídico reconhecido.

Em outros países, prossegue o Cardeal, a interrupção da gravidez é permitida até a décima segunda semana de gestação.

O purpurado conclui sua entrevista à FIDES dizendo que o problema da permissividade das leis deve ser considerado trágico, assim como é trágico o número de crimes assustadores e nefandos cometidos com as diferentes estratégias do aborto.

No contexto dessa entrevista, a FIDES lembra que, no Brasil, a interrupção voluntária da gravidez é permitida somente em dois casos: quando a vida da mãe está em risco ou quando a mulher foi vítima de estupro. No entanto, muitos juízes autorizam o aborto em casos de malformação do feto.

A lei que trata da interrupção no Brasil é de 1940, e prevê que toda cirurgia precisa da autorização de um médico. A pena para quem pratica um aborto ilegal é de um a quatro anos de prisão, mas pode aumentar para 14 anos caso a mulher sofra complicações ou morra.

Na América Latina, o aborto representa a primeira causa de morte entre as mulheres, conforme levantamento da Organização Pan-americana da Saúde. Segundo a FIDES, temendo represálias da sociedade, milhares de mães não buscam ajuda médica depois de abortos mal sucedidos e acabam morrendo por causa de infecções e outras complicações. (RW)







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