SACERDOTE DEFENDE CRITÉRIO DE PROTEÇÃO HUMANITÁRIA PARA CLANDESTINOS QUE DESEMBARCAM
NA ITÁLIA
Roma, 28 dez (RV) - Apesar do mau tempo e do frio europeus, mais de 500 pessoas
desembarcaram na costa italiana da Sicília, durante as festas natalinas.
Para
o Diretor do Departamento para a Pastoral dos Imigrantes e dos Refugiados, da Fundação
Migrantes, P. Bruno Mioli, é preciso resolver os problemas nos locais de proveniência
e levar em consideração que muitos estrangeiros arriscam tudo para fugir de situações
insustentáveis em seus países.
Segundo P. Bruno Mioli, essas pessoas têm direito
de ser admitidas segundo o critério de proteção humanitária.
P. Mioli afirma
que existe realmente um grupo criminal que suga o sangue dos imigrantes, pois a viagem
custa muito cara e, sobretudo, porque atravessar o mar naquelas condições, quer dizer
realmente colocar em risco tudo, até a própria vida. Isso demonstra, segundo ele,
que quem tenta desembarcar na Itália está "conscientemente desesperado".
"Espero
que os políticos e a opinião pública se dêem conta de que é preciso resolver os problemas
nos países de proveniência; do contrário, a ação européia para contrastar as viagens
clandestinas serão inúteis" _ ressalta o sacerdote.
Para 2006, P. Mioli faz
votos de que a atual lei italiana, aprovada durante o governo Berlusconi, seja modificada,
independentemente de quem vencer as eleições em abril. (BF)