ASSOCIAÇÕES CATÓLICAS PEDEM QUE PAPA FAÇA UM APELO EM FAVOR DOS UGANDENSES
Kampala, 28 dez (RV) - Quatro associações católicas que atuam em Uganda, fizeram
um pedido a Bento XVI, para que eleve sua voz, para recordar ao mundo que um milhão
e meio de ugandenses da etnia Acholi, vive em condições desumanas, no interior de
149 campos de refugiados, no norte de Uganda.
Os campos _ que as associações
descrevem como "campos de concentração" _ foram criados pelo Presidente ugandense,
Joeli Museveni, sob pretexto da guerra combatida entre 1998 e 2003 por Uganda e Ruanda
contra a República Democrática do Congo: um conflito que ceifou a vida de, pelo menos,
2 milhões e meio de pessoas.
"Esta é uma guerra esquecida _ afirmam as associações
_ que continua no mais absoluto silêncio ainda hoje."
Mesmo depois da retirada
das tropas de Uganda e Ruanda do Congo e o fim da guerra na fronteira com Sudão, a
população é obrigada a permanecer nos campos, com os mesmos guerrilheiros que seqüestraram
e massacraram milhares de meninos e meninas.
"As condições de vida são desumanas
_ afirmam as associações _ e as pessoas morrerem de fome e AIDS, quando não se suicidam,
por desespero. (BF)