Cerca de 3.500 soldados da RDC e um contingente de 600 “capacetes azuis” da ONU, de
nacionalidade indiana, atacaram posições de grupos rebeldes na província de Kivu do
Norte. Morreram nos combates um elemento das forças de paz da ONU e 35 rebeldes, informou
um porta-voz militar da ONU na RDC, Hans-Jakob Reichen. Segundo a fonte, os rebeldes
têm-se mostrado activos no contrabando de armas e na caça furtiva, fundamentalmente
de elefantes, representando também um perigo para a segurança da população da zona.
Reichen calcula que estejam refugiados na zona cerca de 1000 rebeldes ugandeses das
Forças Aliadas Democráticas/Exército Nacional para a libertação do Uganda (ADF/NALU,
na sigla inglesa).
O grupo rebelde, que se tem negado a aceitar uma oferta
de amnistia do governo do Uganda, integra uma força de milícias de aproximadamente
15 mil homens, de várias nacionalidades, que opera no território congolês. Entre 1998
e 2002, a RDC foi cenário de uma guerra civil em que intervieram também sete países
da zona e que fez três milhões de mortos, tanto em consequência dos combates como
da fome e das doenças causadas pelo conflito. A maioria das milícias envolvidas na
guerra depôs as armas, mas há ainda grupos dispersos que continuam a recusar desarmar-se,
especialmente na zona leste do país. A ofensiva militar agora em curso foi lançada
uma semana depois de os congoleses terem aprovado em referendo uma nova Constituição.