2005-12-26 15:16:41

DESPERTA, Ó HOMEM DO TERCEIRO MILÊNIO! NO NATAL, O ONIPOTENTE SE FAZ MENINO E PEDE AJUDA E PROTEÇÃO


Cidade do Vaticano, 25 dez (RV) - Ao meio-dia deste domingo, do Natal do Senhor, Bento XVI assomou ao balcão central da Basílica de São Pedro, para a tradicional bênção "urbi et orbi" (à cidade de Roma e ao mundo).

Roma amanheceu sob uma pesada capa de nuvens escuras, e com uma chuva fina e persistente que, todavia, não impediu que milhares de fiéis e peregrinos se reunissem na Praça São Pedro, para ouvir a mensagem de Natal do Pontífice e receber a sua bênção "urbi et orbi".

Antes de saudar os fiéis em 32 línguas diversas, Bento XVI falou sobre o significado daquela noite santa, quando o Filho de Deus Se fez homem e veio habitar entre nós. O anúncio para acolher o Salvador é dirigido também a nós, homens e mulheres do terceiro milênio...

"Que a humanidade atual não hesite em fazê-Lo entrar em suas casas, nas cidades, nas nações e em qualquer ângulo da terra! É verdade que, ao longo do milênio há pouco terminado, e de modo especial nos últimos séculos, foram muitos os progressos realizados em campo técnico e científico; podemos hoje dispor de vastos recursos materiais. Mas há um porém _ observou _ o homem da era tecnológica corre o risco de ser vítima dos próprios êxitos de sua inteligência e dos resultados de suas capacidades inventivas, caminha para uma atrofia espiritual, um vazio do coração."

"Por isso _ afirmou Bento XVI _ é importante abrir a mente e o coração ao Natal de Cristo, acontecimento de salvação capaz de imprimir uma renovada esperança à existência de todo o ser humano."

"Desperta, ó homem do terceiro milênio! No Natal, o Onipotente se faz menino e pede ajuda e proteção; com seu modo de ser, Deus põe em crise o nosso modo de ser homens; o seu bater às nossas portas interpela-nos, interpela a nossa liberdade e nos pede para revermos a nossa relação com a vida e o nosso modo de concebê-la."

Muitas vezes, afirmou o Papa, a Idade Moderna é apresentada como um despertar do sono da razão, como se a humanidade, saindo dum período escuro, chegasse à luz. Mas, sem Cristo, a luz da razão não basta para iluminar o homem e o mundo.

O Santo Padre pediu, portanto, que o homem moderno se deixe conduzir pelo Menino de Belém. Que a força vivificante de sua luz dê-lhe coragem para se empenhar na edificação de uma nova ordem mundial _ uma nova ordem fundada em relações éticas e econômicas justas.

"Unida _ sublinhou o Pontífice _ a humanidade poderá enfrentar os numerosos e preocupantes problemas da atualidade: desde a ameaça terrorista às condições de humilhante pobreza em que vivem milhões de seres humanos; desde a proliferação das armas às pandemias e à degradação ambiental que ameaçam o futuro do planeta.

O Papa citou os conflitos abertos na África, em especial na região sudanesa de Darfur, e em outras regiões da África central. Falou ainda da Terra Santa, do Iraque e do Líbano, onde os sinais de esperança devem ser confirmados.

Lembrou a península coreana e outros países asiáticos e, também, a América Latina. Para o nosso continente, o Papa pediu que Deus induza os povos latino-americanos a viverem em paz e concórdia.

No Natal, afirmou, o nosso espírito se abre à esperança ao contemplar a glória divina escondida na pobreza de um Menino. "Aceitar esse paradoxo, o paradoxo do Natal _ concluiu Bento XVI _ é descobrir a Verdade que liberta, o Amor que transforma a existência." (BF)







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