2005-12-22 17:58:50

Globalização com regras comerciais honestas e medidas para reduzir os custos sociais da liberalização do mercado, pede a Santa Sé.


A Santa Sé defende uma globalização económica que se inspire “num sistema honesto de regras comerciais” para servir o bem público internacional. Esta posição foi assumida pelo chefe da delegação vaticana na recente cimeira da Organização Mundial do Comércio, em Hong Kong.

A intervenção do arcebispo Silvano Tomasi, propõe um esforço comum para que se adoptem “as medidas necessárias para reduzir os custos sociais da liberalização do mercado”, sobretudo no que diz respeito ao fosso entre os países ricos e os países pobres.

“A Santa Sé reconhece o benefício de um sistema multilateral justo e participativo de relações comerciais, destinadas a atingir e desenvolver o bem comum”, refere o texto. Neste sentido, referiu o chefe da delegação da Santa Sé, “o espírito de solidariedade entre os países e os povos deveria tomar o lugar da competição incessante que se destina a atingir e defender posições privilegiadas no comércio internacional”.

“O proteccionismo favorece, demasiadas vezes, os sectores da sociedade que já são privilegiados”, acusou a Santa Sé, defendendo um multilateralismo efectivo, “um processo inclusivo que parte da consciência de que, no centro de todas as relações sociais e económicos – portanto, das relações comerciais – está a pessoa humana, com a sua dignidade e os seus direitos inalienáveis”, apontou o Arcebispo Silvano Tomasi.








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