2005-12-19 18:56:28

SANTA SÉ: "LIBERALIZAÇÃO DO COMÉRCIO NÃO É FIM EM SI MESMO"


Hong Kong, 19 dez (RV) - A liberalização do comércio não deve ser considerada como um fim em si mesmo, mas sim como um meio para atingir objetivos ulteriores, como o desenvolvimento integral de cada pessoa e a redução da pobreza. Foi o que afirmou a Santa Sé, num documento divulgado no sábado, em Hong Kong, por ocasião da reunião de ministros da Organização Mundial do Comércio (OMC).

A Santa Sé foi representada, na reunião, pelo Observador Permanente junto às organizações das NN. UU. em Genebra, Dom Silvano Maria Tomasi.

"As regras do comércio internacional devem favorecer o maior compromisso com o desenvolvimento humano e a melhoria das condições de vida dos pobres" _ disse Dom Tomasi. Ele se mostrou confiante em que a OMC possa garantir a todos os países, principalmente aos menos desenvolvidos, "iguais oportunidades de participação e contribuição nos acordos comerciais e na defesa de seus direitos".

Dom Tomasi também abordou questões específicas do desenvolvimento e do mercado agrícola e não-agrícola, que foram centrais nas negociações de Hong Kong. Segundo a Santa Sé, se deve priorizar os setores da alimentação, saúde, educação, trabalho e meio ambiente, de acordo com as diversas situações econômicas e sociais dos Estados.

O documento denuncia que as atuais imposições fiscais dificultam a produção dos países em desenvolvimento, mas também constata as dificuldades para se chegar a uma liberalização, já que os países desenvolvidos não seriam competitivos em muitos produtos agrícolas.

"Estudos recentes demonstraram que a eliminação de impostos e subsídios no setor têxtil, possibilitou o aumento das exportações da África, em mais de 13%" _ afirmou Dom Tomasi. (BF)







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