2005-12-14 19:54:11

MEMBROS DA IGREJA NO IRAQUE COMENTAM AS IMINENTES ELEIÇÕES


Bagdá, 14 dez (RV) - Na vigília das eleições políticas no Iraque, cristãos e muçulmanos se encontram numa encruzilhada: superar os próprios interesses de grupo, para apoiar a reconstrução do país e a convivência sem o "medo do outro". Foi o que afirmou o Bispo caldeu de Amadiyah, Dom Rabban Al-Qas.

O prelado critica "o narcisismo político" dos cristãos, que se fecham em alguns partidos confessionais, e dos muçulmanos, que preferem apoiar a luta islâmica contra os interesses nacionais. Segundo o Bispo, o candidato que oferece mais esperança para o futuro do país é Iyad Allawi. "Em todo caso _ salientou _ as eleições são uma ocasião para repensar a missão dos cristãos no Iraque."

Já para o Núncio Apostólico no Iraque, Dom Fernando Filoni, "o voto não representa somente a conclusão do itinerário democrático, mas também um sinal de maturidade do povo iraquiano chamado a administrar sozinho o país".

"A esperança _ afirmou o Núncio _ é que o voto represente também um passo rumo à reconciliação, uma palavra difícil, levando em consideração o ódio e os medos que ainda persistem entre grupos e setores da vida iraquiana."

Dom Filoni considera o voto importante também em vista da retirada das tropas da coalizão. O governo iraquiano, recorda o Núncio, já pediu às Nações Unidas para prorrogar a presença de soldados estrangeiros no país, mas isso depende da segurança que se poderá ter no Iraque.(BF)







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